quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Citação da Semana

"Strategy is buying a bottle of fine wine when you take a lady out for dinner. Tatics is getting her to drink it." (Frenk Muir)

Estratégia é comprar um ótimo vinho ao levar uma garota para jantar. Tática é conseguir com que ela o beba. (Tradução Livre)

domingo, 2 de dezembro de 2012

Citação da Semana

"O país precisa de estadistas, mas é governado por gerentes e ainda assim de desempenho tacanho" Vi na Folha de São Paulo (e concordei).

sábado, 1 de dezembro de 2012

Pequeno Ensaio Sobre a Estética

Não existe arte sem ciência, nem ciência sem arte. Arte sem ciência é sentimento bruto, selvagem, fenômeno natural, ou até mesmo mero acaso. Ciência sem arte é repetição de um raciocínio conformado, deformado, preformado. A mais sublime arte é imbuída da mais completa ciência. A mais inovadora ciência é embebida de arte.

domingo, 25 de novembro de 2012

Pensamento do Dia

Triste época em que a tecnologia digital evolui mais rápido que a reflexão ética.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Pensamento do dia

#1 Países não ascendem ou declinam por si sós, por fatores naturais ou ecológicos, líderes com visão ascendem ou declinam nas hierarquias das nações. Uma nação prospera tão quão mais alto um grande líder alcança seu comando e dissemina suas ideias por um futuro melhor que se constrói no hoje.


#2 Privatização com monopólio não é livre mercado !

domingo, 4 de novembro de 2012

Pensamento do Dia

A liberdade é o maior dom que se pode atribuir a um ser humano. O único limite para a liberdade de um indivíduo é a liberdade do outro. E o respeito a este limite é o sentido mais transparente e cristalino de igualdade. A igualdade de oportunidades gerada por um sistema destes, provido por uma sociedade imbuída de justiça, plena de liberdade, não discriminatória e determinada ao progresso, só precisa ter um pouco de espírito do bem para prover a fraternidade. A fraternidade verdadeira é aquela em que os indivíduos sós ou em grupo deliberam voluntariamente a ceder um pouco daquilo que possuem em prol de seus irmãos sem que isto cause prejuízo a nenhuma das partes, mantenha suas liberdades e a felicidade de todos aumente.

domingo, 28 de outubro de 2012

Pensamento do Dia

A boa política é como a dança, não é feita só de avanços, mas também de retrocessos e no fim o que importa mesmo é saber conduzir.

domingo, 21 de outubro de 2012

Primeiros Erros


É impressionante a capacidade do Brasil em repetir de maneiras criativas e originais seus erros originais. Tudo isso provavelmente por causa da nossa baixa qualidade educacional.

Na época do Império o Brasil se recusou em deixar a economia livre e permitir que as indústrias tomassem o lugar das decadentes fazendas. As disputas entre o empresário Irineu Evangelista de Sousa (Barão de Mauá) e Imperador Dom Pedro II bem ilustram este fato histórico. A verdade do governo era única: a vocação do Brasil era o setor agrícola, os outros setores eram males que desviavam o país de seu caminho à riqueza.

Novamente isto se repete com uma nova roupagem. As indústrias já eram. O centro dinâmico criador de valor da economia contemporânea migrou das fábricas convencionais para os escritórios e laboratórios que geram os produtos da economia do conhecimento. É nestas indústrias e não naquelas que o valor adicional será agregado. Mas o que faz o governo? Prejudica a economia do conhecimento em prol da proteção da economia fabril.

Já agora para o governo o conhecimento aplicado não é fim, mas insumo da indústria como no passado a indústria foi vista apenas como insumo da atividade agropecuária.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Pensamento do Dia

Por que não tratamos a educação da mesma forma que tratamos o futebol - preocupados com o placar, com a escalação, com a posição que ocupamos no campeonato e responsabilizando os jogadores, técnicos e dirigentes pelos resultados?

domingo, 16 de setembro de 2012

Poupança e Crédito


Sobre Desenvolvimento e o sistema de Crédito no Brasil:

Ao contrário do que diz a "pretense of knowledge":
Não é a cultura que faz com que a poupança no Brasil seja baixa.
São as taxas de retorno do capital baixíssimas, imensas assimetrias de informação e riscos contratuais envolvidos que desincentivam os poupadores. Mas acima de tudo o problema está nas taxas de retorno. Quando alguém poupa na caderneta de poupança o retorno de até 0,526% é baixíssimo e frequentemente perde para a inflação (ou seja, guardando o dinheiro hoje é quase certo que no futuro ele valerá menos do que se fosse consumido hoje - um total paradoxo).

É isso que não se conta nos programas de economia. Frequentemente, ao contrário do que prega a teoria clássica (e por causa das assimetrias de informação), títulos com maior risco como CDBs têm rendimentos líquidos menores que a poupança (e não raro os rendimentos nominais já são inferiores).

Do outro lado do sistema, na ponta, os juros para os tomadores são altíssimos. 3,18% ao mês na média para o crédito pessoal e 8,73% na média para o cheque especial. Para quem está investindo e tem garantias mais que suficientes (geralmente pede-se 120% de garantia) as coisas não são muito melhores: 2,83% ao mês na média de desconto de duplicatas e 5,88% na conta garantida. E atenção: aqui não se está levando em consideração taxas de abertura de crédito, taxas bancárias diversas, impostos e outros penduricalhos que se postos na conta fariam o custo do dinheiro explodir.

Lembrem-se que a média usada aqui é sempre muito perversa. Tanto no investimento quanto na tomada de capital sempre há aquele cliente especial que tem contatos, amigos e meios de pressão. Estes recebem acima da média e tomam abaixo da média e, para compensar, a grande maioria anônima toma dinheiro emprestado com juros acima da média e recebe rendimentos de sua poupança abaixo da média.

Desta forma nosso sistema é metódicamente construído para desestimular, ao mesmo tempo, poupança e empréstimo e nos tragar com violência para a subutilização do capital reduzindo assim bem estar e riqueza.

Pior do que isto é só o orgulho pateta que temos do nosso sitema financeiro. AH! Mas aqui não há crises, nem bolhas: claro, só tem a perder quem tem alguma coisa.

A irracionalidade restritiva do nosso sistema de poupança-crédito é vista como muito orgulho: excesso de regulação estatal, regras exageradas nas instituições, gerenciamento de risco de crédito que preventivamente diz não a tudo, subsídios cruzados, subremuneração dos investidores, baixa tecnologia aplicada no atendimento ao cliente e pouca concorrência no setor, etc.

Quem conhece a história sabe que é o mesmo pensamento que na época do Império se orgulhava do número reduzido de empresas registradas, que o mal do comércio desvirtuava poucos dos nossos.

A cultura errada não é a da população que faz cálculos apurados, mas da elite (dirigente e intelectual) que certa da sua iluminação vê seus tropeços como genialidade e os atos do dia-a-dia feito pelos pequenos proprietários como falta de esclarecimento.

Só por comparação, se você colocasse 1.000 reais hoje na poupança (recebendo os 0,526%a.m.) e tomasse, ao mesmo tempo, 1.000 reais em empréstimo pessoal (tipo de crédito barato, com garantias e justificativas válidas) pagando a média dos 3,18%a.m. daqui teria a seguinte situação (contas em papel de pão):

Deveria 6546,63 na conta do empréstimo.
Teria reservas de: 1.370,09 na conta da poupança.

Mas poxa vida! Tem algo errado aí.
Se fossemos pensar em 100% sobre o principal (1.000 reais) para cobrir as despesas com os inadimplentes, 100% sobre o principal para o lucro (com juros) da instituição (1.000 reais), 100% sobre o principal para o governo (com impostos) a diferença não poderia passar de 3.000 reais. Vale lembrar que 100% em qualquer uma dessas contas é um valor altíssimo, num país civilizado 10,20, 30% no máximo seria adequado.

Entretanto a diferença é de 5176,54 !!! Só sou eu que vejo que tem algo de muito errado nisso tudo?

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Pensamento do Dia

Feliz Dia da Independência !
Que o dia de hoje sirva para refletirmos sobre como podemos construir um país melhor para todos!

sábado, 1 de setembro de 2012

Pensamento do dia

Direito é o que é comum às pessoas - que todos possuem.
Quando há direitos que só determinadas pessoas ou classes possuem o nome disso é privilégio.

domingo, 26 de agosto de 2012

Citação da Semana

"A vida está cheia de desafios que, se aproveitados de forma criativa, transformam-se em oportunidades." ( Maxwell Maltz)

sábado, 4 de agosto de 2012

Pensamento do Dia

Nenhum partido político Brasileiro se diz liberal, todos atacam o ("neo")liberalismo, os partidos ofendem-se, uns aos outros, chamando-se de ("neo")liberais. Tudo para criar um clima de ódio e afastamento ao liberalismo. Mas o que é que este liberalismo tão atacado prega de verdade? Será que é tão ruim assim para todos ou será que é só ruim para os Donos do Poder?

Pare e Pense! Por que há uma campanha dos poderosos (políticos, mídia, industriais, líderes de sindicatos, líderes de ONGs que trabalham para o governo, líderes de conselhos profissionais, donos de monopólios como cartórios, etc) contra o liberalismo? O que une a todos estes atores antagônicos contra uma forma de encarar a política e o papel do Estado?

O que o liberalismo realmente prega? Serão liberais como Adam Smith, Irineu Evangelista de Souza (Barão de Mauá), Friedrich Hayek e muitos outros inimigos do Povo ou inimigos do poder?

Eu já tenho a minha opinião formada depois de ler alguns de seus trabalhos e trabalhos de seus opositores (socialistas, comunistas, anarquistas, libertários, conservadores, "neo"conservadores, etc). Por que você não lê também as proposições dos liberais clássicos e não tira suas próprias conclusões sobre se suas proposições são boas ou más para você e 99% da população? Por que não verifica se o que dizem que os liberais dizem é realmente o que eles dizem ou se não é uma coisa totalmente diferente e muito benéfica a todos?

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Pensamento do dia

No Brasil os serviços postais são monopólio. O que significa que apenas uma empresa pode tentar coletar, distribuir e entregar correspondências. A quem você acha que isso beneficia? Você?

terça-feira, 17 de julho de 2012

Pensamento do dia

Se você declara que todos os políticos são corruptos quem você acha que está atraindo para a política? Alguém que se considera honesto ou alguém que não se importa com isso?

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Pensamento do dia

O problema da recomendação policial de não reagir é que recorrentemente eles também a seguem e não reagem em nome da população. Quando chegam é para registrar a queixa, infrequentemente para deter o ilícito em curso, mesmo quando tal ação seria possível.

No fim, se, indignada, reagir, a vítima vira réu.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Posição - Déficit Nominal

"O resultado nominal, que inclui o superávit primário e os juros nominais apropriados, registrou déficit de R$3 bilhões em abril. No ano, o resultado nominal acumulou déficit de R$16 bilhões (1,15% do PIB), comparativamente a R$21,3 bilhões (1,64% do PIB) no primeiro quadrimestre de 2011. No acumulado em doze meses o déficit nominal alcançou R$102,7 bilhões (2,42% do PIB), comparativamente a R$101,3 bilhões (2,41% do PIB) no acumulado até março."
Fonte: http://www.bcb.gov.br/?ECOIMPOLFISC

Com um pouco mais de esforço atingiríamos a déficit nominal zero ("parar de precisar de pegar dinheiro emprestado todo dia" pra manter nossas contas em dia). Com este salto de qualidade nas contas públicas, nosso país poderia dar um novo salto de qualidade nas finanças gerais e, provavelmente, começar um novo ciclo de crescimento sustentável até um novo patamar.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Pensamento do Dia

Parte significativa da autodenominada esquerda nacional nada mais é do que a barricada ideológica montada pela aristocracia brasileira para evitar as reformas e, assim, manter seus privilégios históricos e os favores que recebe do Estado.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Pensamento do dia

Eurobônus representam um castigo à economia bem administrada da Europa e prêmio às mal administradas.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Citação da Semana

"O líder é o que vê mais além da esquina, mas só é estadista aquele que enxerga
mais além da estrada." - Carlos Matus (1991)

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Citação da Semana

"It is getting to be harder to run a constitution than to frame one" -
"Está se tornando mais difícil executar uma constituição do que criá-la." (Tradução livre) - Woodrow Wilson (1886) - The Study of Administration.

sábado, 19 de maio de 2012

Citação da Semana

‎"Atentativa de resolver problemas com legislação não surtiu efeito nas oportunidades anteriores, mas ela é retomada continuamente.

A experiência vivida e o conhecimento acumulado parecem nada significar para informar novos procedimentos. A memória não existe. O processo náo avança pela evolução e aperfeiçoamento das ações, mas parece estar sempre recomeçando do zero. Ao escândalo que se seguiu à constatação da falsificação de remédios, em 1999; em vez de apontar para um aperfeiçoamento da fiscalização, que é absolutamente ineficaz, a sociedade brasileira (ieia-se, o Congresso Nacional, com o apoio da mídia) respondeu com um 'aperfeiçoamento' ou radicalização da legislação, conceituando o ato de falsificação de 'crime hediondo'.

O detalhismo da legislação ambientalista no Brasil, freqüentemente referido como avanço, contrasta com a falta de fiscalização e punição aos transgressores.

Esses exemplos confirmam aquilo que diversos estudiosos da sociedade brasileira apontam como distãncia tradicional entre arcabouço jurídico e a realidade social (Viotti, 1968; Schwarz, 1990, Fama, 1995, Holanda, 1971; Bosi, 1992; Prado
Jr., 1994, entre muitos)."
Ermínia Maricato - As idéias fora do lugar e o lugar fora das idéias - Planejamento urbano no Brasil

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Debates - Inflação

(Testando um Novo Formato de Postagem)

Eu:
Na minha opinião o Governo não está sendo sério no controle da inflação.
18 anos após o plano real e ninguém reduz as metas de inflação. Já deveríamos estar rodando no centro da meta a muito tempo e o centro da meta já deveria ser 3% ao ano.

Meu amigo, Rafael Rosset:

A inflação na China em 2011 foi de 6,5%. Na Rússia, 6,1%, e na Índia, 10%. Mesmo na Zona do Euro, tradicionalmente reduto de baixa inflação, em 2011 atingiu 3,5%, isso em meio a um cenário de forte retração. Diante do contexto mundial, nossa inflação está até baixa. Por outro lado, o que você acha que o governo pode fazer nesse momento para conter a inflação? A maior parte da economia está indexada, de sorte que boa parte da inflação é inercial. Não dá pra mudar isso sem renegociar contratos. Aumentar a taxa de juros não influi no preço alto das commodities, que por sua vez impacta no câmbio. Também não vai impactar o setor de serviços, que tem sido o grande vilão da inflação no Brasil. Se o governo interfere no câmbio, como tem feito, forçando o real a se desvalorizar, a inflação vai aumentar. Acho que a virtude desse governo é justamente não querer resolver tudo de uma vez. A inflação está talvez mais alta do que deveria, mas sob controle e em linha com o resto do mundo.

Em alguns momentos no passado precisamos tomar medidas mais incisivas (fazendo um grande superavit primário, por exemplo) por uma questão mais simbólica, uma vez que não tínhamos credibilidade no mercado externo. Precisávamos provar que estávamos dispostos a nos sacrificar para honrar nossos compromissos. Isso agora mudou, e não precisamos de uma dose de remédio que ponha o paciente a beira do coma, como em outros tempos.

Eu:
A China é uma ditadura que explora seus trabalhadores para enriquecer a "nação" em benefício daqueles que detém o poder (os donos do poder são aqueles únicos que usufruem a riqueza). A Rússia vende o que além de petróleo e gás? Seu parque industrial é inferior ao que ela teve no passado. A Índia é um país com grande exclusão social. É isso que queremos ser ? Não da minha parte.

Agora vamos à Zona do Euro. Mesmo em forte crise econômica - estourada pela crise dos Estados Unidos, mas cuja a origem vem de um sistema de moeda única mal desenhado (o que é normal, afinal eles são os pioneiros) - a inflação deles não passou de 3,5% a.a. Vejo isso com os olhos contrários aos seus. Mesmo com uma forte crise (cenário inverso ao nosso) a inflação deles continua baixa.

Diante do contexto Brasileiro (muito melhor do que o de vários outros países em crise) nossa inflação está muito alta. Nós neste tempo de vacas gordas temos uma inflação maior que os EUA e a Zona do Euro em tempo de vacas magras !

A verdade é que a inflação baixa não é um luxo que se dá direito quando a economia vai bem, inflação baixa é uma das causas de um desenvolvimento econômico sustentável. Mais do que isto, inflação baixa ajuda a combater problemas sociais. São sempre os pobres os menos protegidos dos efeitos danosos da inflação.

O que o governo pode fazer? Para começar ele pode desindexar nossa economia, como você mesmo sugeriu. Há muita coisa que pode ser desindexada sem que se quebrem contratos. O próprio governo indexa muita coisa, ele poderia começar fazendo a arrumação para dentro para depois fazer para fora. Quer um exemplo? Vários pagamentos não-salariais do governo estão indexados ao salário mínimo. Mais do que isto, a inflação inercial é consequência e causa. Se tivermos uma inflação mais baixa a necessidade de indexação vai cair. Quanto mais baixa for a inflação, menos você vai querer corrigir qualquer coisa por ela.

Muitos serviços tem produtos concorrentes. Por exemplo, você pode contratar várias pessoas com pás e nivelar um terreno ou pode passar um trator (1 produto reduziu a quantidade de serviços em um pacote deles). Ou uma máquina de lavar pode dispensar uma empregada doméstica, você pode ir a uma barbearia ou comprar um aparelho de barbear e fazer sua própria barba. Além disto há alguns serviços que podem ser importados, como por exemplo a criação de sites ou cursos de idiomas (que podem ser prestados até por nativos via internet).

Logo é uma falácia pensar estaticamente em inflação de serviços. Embora alguns serviços sejam difíceis de serem substituídos por produtos ou importados muitos podem. Estes serviços em que pode haver concorrência são uns dos segredos do desenvolvimento deste milênio. (Aliás, com a exceção das matérias primas, e alguns produtos básicos como roupas, quase todo produto industrial vem para substituir um serviço de computadores até barbeadores elétricos).

Então voltamos à questão, como o governo poderia reduzir a inflação? Ele poderia promover um choque de importação, facilitando a importação de bens (principalmente desburocratizando a importação e, assim, abrindo o país). Um choque de importação mataria dois coelhos com uma cajadada. Reduziria a inflação pela maior oferta de bens (mesmo que a minha teoria sobre produtos e serviços estivesse errada, como a inflação é uma média, uma maior disponibilidade de produtos diminuiria a inflação). A importação promoveria uma maior saída de dólares, evitando a entrada que valoriza nosso câmbio. Melhoraríamos o câmbio para os exportadores e controlaríamos a inflação apenas importando mais! E, desta forma, nosso povo seria mais rico podendo consumir mais, nossas indústrias teriam mais competição e assim se tornariam mais produtivas.

Outro ponto, nosso problema de serviços se corrige melhorando a produtividade no setor, ou seja, precisamos de mais e melhor educação. Em suma, precisamos de uma educação mais produtiva.

O Superavit primário fez mais bem ao país do que aos mercados externos. Muito antes de por o paciente à beira do coma deu a um atleta um fôlego extra para ter mais sucesso nos mercados globais.- Veja como estamos hoje ? Pior ou melhor? Não é um remédio é um suplemento vitamínico muito bom. E é por isso que eu acho que já passou da hora de alcançarmos o superavit nominal.

Para quem não sabe (e isso é para outros eventuais leitores, não para você Rafael); o superavit primário significa APENAS que o governo gasta com despesas não financeiras menos do que ele arrecada com receitas não financeiras. Só que nosso país tem dívida. Ou seja, é como uma pessoa que deve o cartão de crédito. Logo ele precisaria fazer o superavit nominal - ou seja deveria arrecadar com todas as receitas mais que todas as suas despesas e assim fazer uma poupança para uma eventual futura necessidade (um desastre natural por exemplo).
Como não pagamos todas as nossas dívidas ano a ano a dívida cresce (pois precisamos de pegar TODOS OS ANOS mais dinheiro emprestado). E isso é MUITO perigoso.

Se fosse uma pessoa o governo seria alguém com uma antiga dívida no cartão de crédito (que ele fez em épocas de total irresponsabilidade) e que hoje gasta menos do que ganha, mas a sobra não dá para pagar todos os juros do cartão de crédito, fazendo com que a dívida aumente todos os meses.

Pensamento do dia

‎"Eu sou uma chefe de Estado, não uma bandida" - Cristina Kirchner - Presidente da Argentina.
Não, senhora, você é uma chefe de Estado que age como uma bandida roubando patrimônio que não lhe pertence.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Pensamento do dia

Ainda mais terrível do que qualquer violência oral é a restrição das liberdades de opinião e expressão. No Brasil se mata o doente para se "curar" a doença.
Vivam os Campos de Reeducação tipo Light dos socialistas brasileiros !

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pensamento do dia

Na minha opinião o Governo não está sendo sério no controle da inflação.
18 anos após o plano real e ninguém reduz as metas de inflação. Já deveríamos estar rodando no centro da meta a muito tempo e o centro da meta já deveria ser 3% ao ano.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Pensamento do dia

Educação é a única política industrial de longo prazo !

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Pensamento do dia

Se empreender no Brasil fosse videogame; seria como jogar um jogo completamente desconhecido, sem nenhuma ajuda, no nível hard e com só uma vida!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Discussão sobre Indicação Política

Há alguns dias o governo Brasileiro indicou a senadora Marta Suplicy (PT-SP) como embaixadora nos Estados Unidos. A reação dos diplomatas do Itamaraty foi imediata (http://www.jornaldamidia.com.br/2012/04/06/indignados-com-marta-embaixadora-diplomatas-preveem-saida-de-patriota/#.T4Qu-plrOub). Contra-argumentando que o cargo de embaixador é um cargo de indicação política, várias pessoas discordaram da posição dos diplomatas. Houve vários argumentos. Entre eles de que os Embaixadores por serem indicados politicamente são como os Ministros e que a indicação política por ser política deve ser livre de constrangimentos. Eu adaptei uma de minhas respostas em debate para construir um texto, veja em seguida.

Nenhuma pessoa, corporação (nem mesmo os diplomatas), ou instituição (nem mesmo o Itamaraty com toda sua história e competência) pode se considerar dono da política externa de um país. Mas eu não acho adequado misturar indicação política com cargo político. Se o cargo de embaixador for eminentemente político devemos eleger nossos embaixadores. Nossa política deve ser sempre guiada pelo princípio da democracia.

Os cargos de indicação foram criados para que o governante pudesse escolher alguém competente que fosse de sua confiança. Porque aquele que detém o conhecimento técnico poderia facilmente enganar o governante e se insular tomando as decisões que bem entender ignorando as orientações de quem foi eleito para representar a população (verdadeira proprietária das relações exteriores de um país ou de suas outras políticas públicas) - Ou seja, há aí o velho problema de agente e principal que a gente vivencia, por exemplo, quando vai ao mecânico (não importa só a competência técnica dele, ele tem de ser de confiança para que você possa confiar no trabalho dele). Entretanto isso não dá o direito do governante ignorar a competência técnica.

Eu entendo que o trabalho do embaixador é de mais alto nível. O trabalho mais intensivo em técnica fica por conta dos membros de carreira - os técnicos. O que não concordo é que o trabalho do embaixador é isento de técnica. Se o único objetivo do embaixador for menos atividade diplomática e mais fazer propaganda (e isso realmente tiver algum valor) o profissional ali deveria ter formação e experiência em propaganda, ou relações públicas. Se isso não tiver valor algum, de forma que não importa quem esteja lá, talvez nem precisemos de um embaixador então. Sabendo o quanto eles são caros, talvez o melhor fosse abolir este cargo (caro) e diminuir os impostos na proporção da redução dessa despesa.
Mas eu não acredito nesta visão de que por estar no alto da hierarquia a pessoa pode ser menos competente que o restante da sua equipe. Se fosse assim as empresas contratariam qualquer um para comandá-las e, pelo que vemos na prática, quanto mais competente e competitiva é uma empresa mais criteriosa ela é na escolha de seus principais executivos. Pelo contrário, então, deveriam agir. A instrução e capacidade de quem comanda uma organização (como uma embaixada) é vital. E só acontecem indicações ruins no serviço público porque quem escolhe não é quem paga a conta do trabalho realizado.

No meu entender, a comparação de Embaixador e Ministro de Estado é adequada. Só que ao invés de rebaixarmos a escolha do embaixador à terrível maneira como escolhemos nossos ministros deveríamos fazer o contrário: tornar a escolha de ministros tão criteriosa como de costume é a escolha de um embaixador.

Com isso não estou falando que a Marta é inadequada (ou adequada). Talvez sua formação de psicóloga e sua experiência em interlocução intergovernamental sejam ideais para este trabalho. Mas acho que a sociedade deveria discutir a indicação nestes termos e não no sentido vazio de um cheque em branco para a indicação política.

Uma curiosidade: na Hungria a pouco tempo o presidente foi levado a renunciar depois de ser acusado a cometer plágio em sua tese de doutorado! Acredito que para nos tornarmos um país mais desenvolvido também precisamos criar uma cultura cívica mais exigente.

Discussão sobre Indicação Política

Há alguns dias o governo Brasileiro indicou a senadora Marta Suplicy (PT-SP) como embaixadora nos Estados Unidos. A reação dos diplomatas do Itamaraty foi imediata (http://www.jornaldamidia.com.br/2012/04/06/indignados-com-marta-embaixadora-diplomatas-preveem-saida-de-patriota/#.T4Qu-plrOub). Contra-argumentando que o cargo de embaixador é um cargo de indicação política, várias pessoas discordaram da posição dos diplomatas. Houve vários argumentos. Entre eles de que os Embaixadores por serem indicados politicamente são como os Ministros e que a indicação política por ser política deve ser livre de constrangimentos. Eu adaptei uma de minhas respostas em debate para construir um texto, veja em seguida.

Nenhuma pessoa, corporação (nem mesmo os diplomatas), ou instituição (nem mesmo o Itamaraty com toda sua história e competência) pode se considerar dono da política externa de um país. Mas eu não acho adequado misturar indicação política com cargo político. Se o cargo de embaixador for eminentemente político devemos eleger nossos embaixadores. Nossa política deve ser sempre guiada pelo princípio da democracia.

Os cargos de indicação foram criados para que o governante pudesse escolher alguém competente que fosse de sua confiança. Porque aquele que detém o conhecimento técnico poderia facilmente enganar o governante e se insular tomando as decisões que bem entender ignorando as orientações de quem foi eleito para representar a população (verdadeira proprietária das relações exteriores de um país ou de suas outras políticas públicas) - Ou seja, há aí o velho problema de agente e principal que a gente vivencia, por exemplo, quando vai ao mecânico (não importa só a competência técnica dele, ele tem de ser de confiança para que você possa confiar no trabalho dele). Entretanto isso não dá o direito do governante ignorar a competência técnica.

Eu entendo que o trabalho do embaixador é de mais alto nível. O trabalho mais intensivo em técnica fica por conta dos membros de carreira - os técnicos. O que não concordo é que o trabalho do embaixador é isento de técnica. Se o único objetivo do embaixador for menos atividade diplomática e mais fazer propaganda (e isso realmente tiver algum valor) o profissional ali deveria ter formação e experiência em propaganda, ou relações públicas. Se isso não tiver valor algum, de forma que não importa quem esteja lá, talvez nem precisemos de um embaixador então. Sabendo o quanto eles são caros, talvez o melhor fosse abolir este cargo (caro) e diminuir os impostos na proporção da redução dessa despesa.
Mas eu não acredito nesta visão de que por estar no alto da hierarquia a pessoa pode ser menos competente que o restante da sua staff. Se fosse assim as empresas contratariam qualquer um para comandá-las e, pelo que vemos na prática, quanto mais competente e competitiva é uma empresa mais criteriosa ela é na escolha de seus principais executivos. Pelo contrário, então, deveriam agir. A instrução e capacidade de quem comanda uma organização (como uma embaixada) é vital. E só acontecem indicações ruins no serviço público pq quem escolhe não é quem paga a conta do trabalho realizado.
E eu também entendo sua comparação com o Ministro de Estado e concordo com ela. Só que ao invés de rebaixarmos a escolha do embaixador à terrível maneira como escolhemos nossos ministros deveríamos fazer o contrário. Tornar a escolha de ministros tão criteriosa como de costume é a escolha de um embaixador.
Com isso não estou falando que a Marta é inadequada (ou adequada). Talvez sua formação de psicóloga e sua experiência em interlocução intergovernamental sejam ideais para este trabalho. Mas acho que a sociedade deveria discutir a indicação nestes termos e não no sentido vazio de um cheque em branco para a indicação política.

Uma curiosidade: na Hungria a pouco tempo o presidente foi levado a renunciar depois de ser acusado a cometer plágio em sua tese de doutorado! Acredito que para nos tornarmos um país mais desenvolvido também precisamos criar uma cultura cívica mais exigente.

Grande Abraço,

domingo, 8 de abril de 2012

Pensamento do dia

Ser administrador é antes de tudo compreender que só há uma maneira de adicionar valor: através das pessoas. Para isto é preciso compreender que elas têm sonhos, vontades, desejos, alegrias, tristezas, traumas e medos. Ser administrador é saber então atravessar por tudo isto.
Criar valor é então saber fazer emergir no interior de cada pessoa o que ela tem de melhor. É enfrentar percalços e superá-los; é ser capaz de, em grupo, subtrair defeitos e potenciar qualidades. É assim que se cria valor.
Ser administrador é semear sonhos e inspirar a todos pela colheita, sabendo que o grão só começa a germinar depois que todos já se levantaram para colhê-lo. Administrar é inspirar: é fazer seguir o caminho que só se concretiza atrás de cada passo dado.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Pensamento do dia - Política Pública de Saúde

Devemos compreender a Política Pública de Saúde como parte de um sistema que gera a sensação coletiva de bem estar. Não basta apenas processar os doentes como indústrias de reparo biológico. Os indicadores objetivos, ainda que necessários, não são mais suficientes. Cada pessoa deve ser acolhida pelo sistema. Cada pessoa deve se sentir bem! E para isto novos indicadores de percepção subjetiva devem ser criados. O atendimento de qualquer tipo e em qualquer nível deve ser reconstruído de trás para frente, começando pelo atendimento pleno das necessidades do cidadão e construindo os sistemas necessários em rede para dar a essa posição a consistência técnica necessária. O Estado deve, enfim, processar a revolução de passar da impessoalidade burocrática à pessoalidade gerencial. Esta é a única forma de gerar o bem estar desejado. Isto não significa voltar ao tempo em que as pessoas eram tratadas de forma desigual. O que deve ocorrer é que da igualdade mecanicista e fria passaremos a uma igualdade acolhedora e amigável em que todos serão tratados iguais, mas igualmente excepcionalmente bem tratados.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Pensamento do dia

Experiência não é aquilo pelo qual você passou. Experiência é aquilo que você aprendeu com aquilo pelo qual você passou.
Por isso há pessoas jovens com grande experiência e pessoa vividas com pouca.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Pensamento do dia - Guerra Fiscal e Guerra na Telefonia

Ouço falar muito em Guerra Fiscal. Mas para mim não há nenhuma Guerra Fiscal em curso no Brasil. Há apenas uma saudável competição entre Estados independentes. São os diversos governos competindo para ver quem consegue gerar maior desenvolvimento econômico e social em um contexto nacional de impostos extorsivos, confusos, mal planejados e ineficientes.

Por outro lado há uma guerra econômica em curso no Brasil e nada ouço falar sobre ela. Quando a telefonia foi privatizada e repartida no Brasil um de seus pilares era a concorrência. Quando as operadoras (principalmente de celular) colocam tarifas super-baixas para comunicação dentro de sua rede e super alta para fora dela elas estão praticando práticas anti-concorrenciais. Elas podem fazer isto porque geram economias de rede. Uma vez que uma operadora consegue uma fatia significativa de usuários e evita o acesso de outras operadoras a tendência é que as demais desapareçam. Se isto continuar sem uma regulação de qualidade por parte dos órgãos competentes a tendência é que o número de operadoras diminua (como está ocorrendo) em direção a um monopólio ou oligopólio.

Vale lembrar que sem concorrência quem perde é o consumidor com produtos piores e mais caros. Ou abrimos o olho ou pagaremos os custos. Monopólio é sempre ruim, não importa se estatal ou privado.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Razão Intemporal

‎"O orçamento deve estar balanceado, a Tesouraria deve reabastecer-se, a dívida pública deve ser reduzida, a arrogancia dos funcionarios deve ser controlada e a assistencia à terras estrangeiras deve ser cortada para evitar que Roma vá a falencia. As pessoas têm que aprender, novamente, a trabalhar, ao invés de viver dependendo do serviço público" - Marcus Tullius Cicero, 55 a.C.

Por que não aprendemos esta lição?

Sobre Industrialização

Cuidado ! O Brasil está se desindustrializando ! E o Governo deve utilizar do dinheiro público para salvar nossa indústria contra o ataque especulativo estatal vindo da América do Norte e da Europa !

A então tá bom !..
O Brasil está desindustrializando, né?
Então por que a produção industrial praticamente duplicou de 2002 até 2011 ? Veja o gráfico: http://e.glbimg.com/og/ed/f/original/2012/03/09/721_industria_graficos.jpg . Veja a fonte: http://revistaepoca.globo.com/tempo/noticia/2012/03/o-mito-da-desindustrializacao.html
Por que segundo o IPEA data (Fundação Getulio Vargas, Conjuntura Econômica (FGV/Conj. Econ.)) a utilização da (capacidade instalada da) indústria está acima de 80% e abaixo de 90% desde 1986 sem tendência consistente de variação?
Por que segundo o IPEA data (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (IBGE/PIM-PF)) a produção industrial apresenta tendência de crescimento lento desde 1975 sem grandes variações (inclusive nos últimos 20 anos) ?
E vamos lembrar: EUA e a União Européia estão desesperados tentando (de forma ruim) sair de uma crise arrastada e não atacando países.

Então sobre o que este circo todo se trata?
Trata, caro compatriota, de pegar o seu dinheiro (afinal o governo não trabalha, todo dinheiro público é dinheiro do cidadão-trabalhador que cede ao governo – algumas vezes a contra gosto porque gostaria de consumi-lo diretamente outras de bom grado para ter serviços públicos em troca) e usá-lo para subsidiar industriais (encher os ricos de dinheiro) – ao invés de usá-lo em saúde, educação, infraestrutura, transporte e segurança pública – e diminuir a concorrência no país – diminuindo assim a qualidade dos produtos e serviços, sua capacidade de compra e a sua liberdade de escolha e dando aos industriais lucros de oligopólio.
Fique esperto !

Felizmente uma tímida e engasgada voz da razão veio pelo porta-voz Alexandre Schwartsman no Globo News Painel. Assista:
http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-painel/videos/t/todos-os-videos/v/governo-e-iniciativa-privada-tem-que-ter-objetivos-convergentes-diz-economista/1873112/
http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-painel/videos/t/todos-os-videos/v/brasil-tem-se-desindustrializado-casualmente-nos-dois-ultimos-anos-afirma-especialista/1873150/

sábado, 24 de março de 2012

Sobre Juros Direito, Economia e Administração

Todos os rendimentos (incluindo os juros) são compostos por causa de sua lógica matemática. Rendimentos (incluindo juros) simples são um erro conceitual que compôs uma etapa na descoberta (e não invenção) da verdadeira essência dos rendimentos (hoje já conhecida). Fato de fácil constatação: quaisquer livros que estudam rendimentos (de quaisquer tipos) usarão os rendimentos compostos para compreender os efeitos e causas desejados (desde investimentos econômicos até multiplicação de bactérias). Mesmo na prática costumeira nunca se verá uma aplicação que não seja de rendimentos compostos tendo resultados verdadeiros. Entretanto o direito brasileiro de forma arcaica, como de costume, define que a gravidade não existe e ameaça punir (e o faz sempre que se depara com alguma realidade) quem obedecê-la. Nisto perdem aqueles que se comportam bem. Para manter a farsa de que algo como a lei da gravidade não existe, nos contratos cotidianos, estabelece-se uma taxa de juros simples fictícia que, num prazo médio, se iguala a uma taxa de juros composta muito mais baixa. Entretanto isso faz com que sejam punidos aqueles que são honestos e responsáveis. Uma taxa de juros simples que se equilibra com uma taxa de juros compostos em um prazo médio é muito maior do que esta num prazo menor (ou curto). Logo quem paga antecipado (de forma responsável) paga mais e se torna o perdedor do jogo social. Por outro lado quem paga atrasado, além deste prazo médio de equilíbrio, paga menos. Porque com uma taxa de equivalência no prazo médio, a taxa do juros simples num prazo maior é bastante inferior. Premiamos então o comportamento irresponsável e desonesto.
Você já acha isso ruim o suficiente ?! - espere que o pior está por vir, veja as consequências sociais disto!
Uma vez que se premiam aqueles que atrasam suas contas (que ajam irresponsavelmente ou desonestamente) e se pune aqueles que as antecipam (que ajam responsavelmente ou honestamente) se cria um mecanismo de incentivos que força à população a tomar a primeira atitude. Se todos (ou uma quantidade significativa) aprende a estender os prazos de pagamento diminuindo o rendimento real daquele que dá crédito, o credor leva prejuízo. Com isto menos agentes no mercado se arriscam a fornecer crédito (mesmo que dele disponham sem uso e mesmo que este seja aquilo que melhora o bem estar tanto de credores quanto de tomadores de recursos). Sempre que o número de tomadores (demandantes) permanece constante para um menor número de credores (ofertantes) o que ocorre é o aumento do preço que no caso do dinheiro se chama juros (o preço do aluguel do dinheiro) .
Mais do que isto, aqueles credores que permanecem no mercado tendem a aumentar o prazo médio (para igualar o prazo médio real ao esperado com o atraso médio gerado). Este aumento do prazo médio aumenta os juros simples de equivalência adotados, o que faz as taxas de juros simples explodirem. Isso reforça a punição para os bons pagadores que antecipam as contas e multiplicam os prêmios para os maus pagadores (aqueles que as atrasam). O que gera um ciclo vicioso de alongamento do prazo médio, aumento das taxas de juros (simples para todos e compostos para os bons pagadores) e fazendo os juros no Brasil jamais descerem para patamares civilizados.
...
E se limitarmos os juros simples, proibirmos que sejam elevados? Colocamos um juros máximo em algum lugar importante, talvez na constituição. Não resolve? Não! O que se faz para compensar isto é embutir no preço da mercadoria transacionada aquilo que não pode ser chamado de juros. (Ou isso, ou se fecham as portas, pois contra as leis naturais da realidade e da matemática ninguém pode). Assim nos tornamos o país com os maiores preços finais por pacote de serviços do mundo. E punimos aqueles que gostariam de pagar a vista empurrando todos para uma danosa ciranda financeira.

domingo, 18 de março de 2012

Pensamento do Dia - Propriedade Intelectual no Brasil

É esquizofrênica a lei de propriedade intelectual no Brasil. Criada sobre o intuito de promover a inovação através do incentivo aos criadores pela premiação destes com os rendimentos do seu próprio trabalho; os resultados de nossa lei são o inverso. Subutilização das criações, fortíssima inibição da criação que parte das bases de outra, enriquecimento imoral de pessoas e organizações distantes dos criadores originais são apenas exemplos da nefasta história dos direitos autorais no Brasil. Órgãos como o ECAD e a ABNT tem se aproveitado de vantagens monopolísticas criadas pelo Estado e privado cidadãos do acesso de obras de interesse público ao mesmo tempo que enriquecem suas organizações e, principalmente, seus diretores. Filhos de autores famosos não precisam trabalhar um único dia para manter sua vida de luxo, sobrevivendo pelo rendimento parasitário de obra de seu ancestral.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Pensamento do dia

‎"É necessário mais dinheiro para a saúde, mas é preciso, sobretudo, mais saúde por cada unidade de dinheiro investida" Ramakingawani - Isto vale para várias outras políticas públicas, como educação ou infraestrutura.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Pensamento do dia

No Brasil dos altos impostos e das escassas compensações, na ânsia patrimonialista, se chama a saudável competição tributária de guerra fiscal.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Pensamento do dia

No governo, constantemente se toma orçamento por planejamento.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Algumas ideias para Reforma Previdenciária

Todos os valores seriam considerados como de capitalização.
Os valores da previdência seriam considerados “emprestados” com o governo.
Haveria uma remuneração básica de valor mínimo desvinculada do salário mínimo que todo trabalhador brasileiro teria direito.
Haveria uma remuneração proporcional ao rendimento médio ponderado do trabalho do trabalhador.
Haveria uma separação do instituto de previdências do governo. Sua presidência se daria de forma similar à presidência do banco central. Porém, através de mandato.
A taxa de capitalização dos valores seria uma taxa escolhida pelo governo que poderia variar entre a remuneração da poupança (piso) e a taxa SELIC (teto).
Os juros acumulados devem compor a dívida do governo.
Todo aquele com 60 anos de idade e/ou 35 de trabalho (ou contribuição caso não trabalhe) terá direito de se aposentar.
Realizar uma desoneração completa da folha de pagamento alterando a forma de manter a previdência pública. Esta seria mantida com impostos sobre a renda.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Citação da Semana

‎"A censura é o imposto da inveja sobre o mérito." (Laurence Sterne)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A verdade sobre a Internet

Muitos pensam que as provedoras de internet só são obrigadas a fornecer 10% do valor contratado. Não é assim... bem pelo menos não era.

Elas sempre tiveram a obrigação de fornecer 100% da velocidade contratada. A diferença reside num detalhe técnico: bits (b) e bytes (B). Um byte é composto de 8 bits.

Os contratos de internet eram feitos em bits por segundo e não por bytes. Ou seja, se vc contrata uma internet de 1 Mb/s (mega bit por segundo) sua velocidade equivale a 128kB/s ( 128 kilo bytes por segundo). Logo o valor em bytes (que é o que é medido pelo computador) é, logicamente, menor do que o valor em bits por uma simples questão de conversão.

Entretando espalhou-se uma visão leiga saída não se sabe de onde de que as operadoras só eram obrigadas a prestar 10% da velocidade contratada. Visão facilmente rebatida ao se usar a explicação técnica acima. Entretanto isto não foi necessário. De forma surpreendente a sociedade e as autoridades brasileiras passaram a aceitar o estaparfúdio equívoco acima. E este acabou entrando em nosso marco legal para a felicidade das operadoras que reduziaram a entrega de velocidade para o usuário dos 12,5% daquilo que ele esperava (1/8, ou seja conversão de bits para bytes) para 10% (1/10, valor da explicação equivocada).

Parabéns às nossas autoridades por mais este desserviço prestado à nação.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Algumas ideias para Reforma Administrativa

Fechar todos os cartórios e encerrar o sistema cartorial brasileiro como símbolo máximo do patrimonialismo de nosso Estado. Ao invés dele os registros serão feitos em um sistema eletrônico gerido e mantido pela União. Para sua operacionalização empresas em livre concorrência poderão executar os serviços de registro e autenticação. Elas deverão ser credenciadas pelo governo e utilizarão sistemas intensivamente eletrônicos.
Inserir competição entre serviços públicos com incentivos individuais aos servidores pertencentes àqueles grupos concorrentes cujos serviços fossem melhor avaliados.
Inserir avaliações de desempenho em todos os serviços público orientado ao cidadão.
Remover todas as barreiras não tarifárias às importações. Tornar nossa economia mais aberta trará maior competitividade e a desburocratização resultante facilitará a vida do empreendedor e do cidadão além de dificultar a corrupção.
Desburocratizar tudo aquilo em que a burocracia não siga os preceitos de Weber (que são a eficiência máxima e o melhor atendimento possível ao cidadão).

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ideias para gerar indicadores para comparar a eficiência de políticas públicas sociais.

Estas se dariam na redução da desigualdade e investimentos sociais.

Para construir o indicador do custo para o governo de uma política pública para redução da desigualdade. Esta poderia se estimar o custo da política para o governo por unidade de redução da desigualdade. Isto se daria através da relação do custo da política em reais sobre a variação do Índice de Gini alcançada, logo:
Custo da Política Pública – C
Variação do Índice de Gini – ΔG
O custo da política pública para o governo seria de C/ ΔG

Também poderia se medir o custo para toda a sociedade desta política pública. Para isso se consideraria a redução na produção.
Em que a variação da produção em reais = ΔP (expresso em números negativos sempre que a produção for efetivamente reduzida).
Então (C-ΔP)/ ΔG seria o custo social da política pública.

Também poderia se medir o retorno de investimentos sociais.
Através do valor presente do aumento futuro da produção subtraído do valor presente dos custos do programa. Ambos calculados enquanto se projetar a existência do programa (muitas vezes a perpetuidade). A taxa utilizada para o cálculo do valor presente seria então a taxa média (ponderada esperada) do endividamento do setor público.O aumento da produção seria medido através da variação do PIB per capita.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cidadanias e Capitalismos

A Cidadania Civil floresceu com o advento das etapas iniciais do capitalismo.

A Cidadania Política floresceu com o advento do Capitalismo Industrial.

A Cidadania Social floresceu com o advento do Capitalismo Financeiro

O que virá com o Capitalismo do Conhecimento?

Excertos a respeito do aprendizado

Para o Estudo são necessários materiais de aprendizado, de exercícios práticos e de referência.

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No caso de línguas, aquele que aprende necessita de dicionário na língua aprendida, gramática, dicionário de tradução, material de aprendizado, bem como conteúdo farto em língua estrangeira que é uma das matérias primas do aprendizado. Tudo isto conjugado em duas dimensões de expressão e duas dimensões de compreensão, respectivamente fala e escrita, e escuta e leitura. Estas no conjunto conformam-se como uma nova forma de pensar e gerar ideias. Logo o estudo de idiomas agrega ao aluno capacidade de comunicação e, para além disto, amplia sua capacidade cognitiva.

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No nosso país a educação não se desenvolve como deveria por alguns fatores. Um deles é que é muito caro e difícil educar e muito fácil e barato fingir que se está educando.

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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Insumos

Insumos baratos de trabalho fizeram florescer o comércio.

Insumos baratos de energia fizeram florescer a indústria.

Insumos baratos de informação/comunicação fizeram florescer o serviço.

Insumos baratos de conhecimento fazem florescer a inovação e a oferta de experiências.

Pérolas

Pessoal decidi compartilhar com vocês algumas pérolas que já ouvi entre gestores públicos:

"Os Estados Unidos têm um governo que não é público."

"Não deixamos de usar o petróleo porque o governo não quer."

"O dinheiro do banco custa" - E o próprio não ?! E isso partiu de um gestor, embora possa ser difícil de acreditar.

"Opinião pública é diferente de opinião popular. A opinião pública é aquela da classe média.
Correção: opinião popular é a do povo, a opinião pública é aquela que é captada por institutos de pesquisa e divulgados na imprensa ...
Jornalistas e Artistas são da classe média."

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Algumas ideias para a Reforma Tributária

Este estudo visa propor a utilização do imposto de renda no lugar de todos os impostos brasileiros. A única exceção seriam os impostos sobre a propriedade. O imposto de renda seria realizado sobre o conceito de fluxo de caixa simples e pago mensalmente.
Os entes federados teriam a mesma representação que a atual, sendo mantido o atual pacto federativo e evitando que conflitos distributivos contaminem a discussão da proposta.
A alíquota do imposto de renda seria de 37% e incidiria sobre todas as rendas, sem exceção. Para efeitos da tributação tudo aquilo que não fosse apontado como custo ou despesa empresarial seria considerado renda. Isto provocaria um mecanismo de incentivos na economia brasileira que evitaria a sonegação fiscal. Para efeitos da tributação o imposto sobre empresas seria de 37,5%. O valor a mais seria para evitar a precarização das relações de trabalho fazendo com que todos se tornassem empresas.
O imposto sobre o trabalhador cairia de 54,49% para 37%. Se não levássemos em conta os impostos indiretos, cairia de 48,75% para 37%.
Os impostos sobre pessoas físicas teriam desconto dos gastos com educação e saúde (porém não os consultórios). Gastos com previdência não seriam descontados. Também não pagariam impostos sobre mutação patrimonial (ou seja, ao vender algo, só pagariam impostos sobre a variação do valor). A aplicação desta regra seria opcional, condicionada à apresentação da nota fiscal. Haveria um sistema para emissão de notas fiscais pessoais que poderiam ser conseguidas via internet ou em drogarias.
Os trabalhadores não perderiam direitos: a porcentagem relativa aos seus FGTS e aposentadoria seriam computados como se estes impostos ainda existissem.
Igrejas e outras entidades isentas de impostos pagariam impostos sobre os valores que gastassem em empresas. Também pagariam impostos sobre atividades empresariais como comércio.
Este trabalho reduziria o tempo de trabalho da questão tributária das atuais 2.400 horas para 2,4 horas. Os ganhos de produtividade seriam expressivos.
Este trabalho acabaria com os impostos em cascata e tornaria as cadeias produtivas maiores, mais intensivas em mão de obra e inovação mais rentáveis. Os impostos parariam de distorcer os preços relativos aumentando a competitividade do país.
Estes impostos facilitariam o uso de políticas de incentivo ao consumo no curto prazo (a redução de impostos representaria imediatamente mais dinheiro para as famílias).
Com estes impostos haveria mais accountability sobre o que é pago aos governos e como é pago.
Haveria uma simplificação geral e as pessoas entenderiam melhor os impostos que pagam. A fiscalização seria facilitada e, com o mesmo número de fiscais, a fiscalização poderia aumentar (porque mais produtiva com este novo imposto).
A necessidade de fiscalização cairia (pelos mecanismos de incentivo implementados que distribuiriam formalização por toda a economia – Um imposto que um elo da cadeia não pague seria pago por outro elo.)
Reduções de impostos tanto para as famílias quanto para as empresas teriam impactos imediatos.
Caso desejasse estimular ainda mais o comércio exterior o imposto de renda poderia ser reduzido a zero para a renda produzida com exportação e através trabalhadores no exterior.
Seria proibida a criação de novos impostos. Impostos para o desincentivo de alguns produtos seriam parafiscais. As rendas obtidas deles não poderiam ser utilizadas para gastos do governo, apenas para o incentivo direto de produtos considerados merecedores de subsídio.
A aplicação deste imposto se daria através de testes pilotos. E o modelo iria fazendo a transição cidade por cidade.

Pensamentos...

Embora a economia neoclássica/liberal (de boa qualidade e empírica) e a economia marxista (de boa qualidade e empírica) sejam as duas faces complementares de uma mesma moeda e essenciais para a compreensão da economia real; uni-las mostra-se um desafio ainda maior que unificar a física mecânica e a física quântica.

Enquanto esta possui desafios técnicos imensos a primeira, além destes, possui paixões irremovíveis no caminho.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Algumas ideias para a Reforma Fiscal

O governo teria 0,5% de superávit nominal.
Os orçamentos ministeriais cairiam 10% todos os anos, além das quedas por restrição de recursos. Os recursos excedentes seriam utilizados em novos projetos dotados de livre concorrência no setor público. Isto seria feito internamente à estrutura do executivo.
O legislativo aprovaria orçamento por programas e não detalhados (exceção feita somente ao pessoal e aos serviços da dívida) – não tem nada de estratégico em perder tempo dos caros parlamentares sobre se vai se comprar papel higiênico ou contratar uma empresa de limpeza para um banheiro e, depois, não poder se mudar isto. Os gestores definiriam onde melhor gastar seus orçamentos. Em contrapartida os gestores apresentariam resultados com custos por unidade ao público e ao ministro (ou secretário) superior. O Ministro (ou secretário) por sua vez apresentaria contas ao legislativo.
Caso o executivo deseje, por governabilidade, deixar parte do orçamento para emendas legislativas o percentual seria descontado previamente. Ou seja, se 10% do orçamento for disponibilizado para emendas; 81% ficam com os programas habituais e 9% para os novos projetos.