domingo, 14 de dezembro de 2014

Pensamento da Semana

Eu sou de um povo que sonha, mas acima de tudo que concretiza e realiza todos os seus sonhos!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Pensamentos da Semana #2

Algo me incomoda na popular definição de superávit primário. Não me parece ser a economia que o governo faz pra pagar os juros da dívida, mas sim me parece refletir de forma mais significativa e precisa a economia feita para que o governo não aumente a sua dívida. Ou seja, ele representa o esforço do governo de não se superendividar. A diferença é sutil, mas significativa e poderosa.

Pensamentos da Semana #1

Informalidade é uma coisa negativa, pois, na teoria, alguns deixam de pagar a conta dos serviços públicos que eles mesmos utilizam deixando-as todas para os seus vizinhos (o que a teoria econômica chama de free-rider/caroneiro e que, se permitido, pode destruir estes serviços). Mas a formalidade no Brasil muitas vezes quer dizer que pequenas empresas pagarão 66,66% de impostos sobre a receita (40% se calculado "por dentro") e grandes empresas desfrutarão de isenções fiscais (que as permitirão legal e formalmente não pagar um único centavo em impostos). São formigas carregando elefantes e isto não me parece justo e nem tende a levar ao progresso nem ao desenvolvimento.

Comentário sobre vídeo sobre o Controle Social da Mídia

Comentário a este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=cQffdHyYRSI


Vergonha Nacional! Assim se constrói uma Venezuela! O que não dizem é que lá atrás diante das possibilidades do novo padrão digital tínhamos duas opções. Uma delas, a escolhida, era transmitir em alta definição - capitaneada pelo sr. Hélio Costa. A outra era continuar transmitindo com a mesma qualidade padrão de som e imagem, mas transformando cada canal em 4. Se pensarmos só em Globo, SBT, Record e Bandeirantes poderíamos ter 12 canais abertos inteiramente novos com o novo padrão. O que seria mais democrático e mais competitivo do que isto?


Mas os pseudo defensores da democratização da Mídia não agem com a 1ógica, agem com bravata e sofismas para construir entre nós o mais profundo atraso como sempre fizeram para o bem deles ao custo de toda população. Nada entre nós é mais forte do que a aversão à igualdade de oportunidades "burguesa". Nossos governantes sempre amaram o corporativismo patrimonialista onde o governo domina a sociedade enchendo-a de ineficiência e corrupção. Enchendo-a no fim do nosso velho instrumento do atraso do "Você sabe com quem está falando ?"

Isso para não mencionar o esforço nunca feito para transformar nossas TVs públicas (TV cultura, TV minas, etc) em BBC e informarem verdadeiramente o público sem serem cúmplices de toda e qualquer medida do governo. Uma verdadeira falta de vontade de transformar nossas TVs estatais em TVs realmente públicas.

Notas sobre a minha Etnia

Por Renato Paulo Nicácio Pedrosa


Mais e mais o Brasil tem se tornado o país das raças. Embora seja provado cientificamente que essa tal coisa não existe, por força da lei, do imenso cartório medieval que infelizmente molda, limita e amordaça este belo país, ela passa quase a existir. Tal qual a roupa invisível do rei que ninguém ousa questionar.


Mas o problema não está aí. O problema é que o discurso é que fazendo isso todas as pessoas podem se encontrar e ter seus direitos preservados. Negros e índios compensados nas novas gerações por supostas violências históricas contra as anteriores. O motivo que move, para além de complicar, cartorizar, corromper, corporativizar e adestrar a sociedade, é, supostamente, devolver a ela, entregá-la sua origem, sua gênese. Para que o negro seja negro com toda a sua personalidade, com o espírito com a identificação desta nação-raça que os definiria, limitaria e ditaria seus direitos e obrigações.

Seria bom se fosse verdade. Mas ao criar subcidadanias eu me sinto perdendo a minha. Não me sinto parte de nenhum povo-raça. Sou do povo em que vivo. Sou pardo, negro, branco, indígena. Os índios não foram exterminados, eles foram assimilados por um novo povo, o povo brasileiro, que não é o povo português. Nas minhas veias corre o sangue negro (de escravos e reis africanos escravizadores), de portugueses heroicos navegantes, de tupis senhores da natureza, da liberdade sexual e afetiva, de holandeses comerciantes intrépidos e astutos, de ingleses práticos industriais – liberais na economia, de espanhóis cavaleiros corajosos e destemidos, de italianos (modernos apaixonados lavradores e antigos romanos altivos construtores de civilizações). Eu sou, ou me sinto enquanto a insistência que me desmonta permitir, mestiço. Minha alma e o meu corpo não são estrela, mas são sim uma constelação de povos que brilha numa cidadania ampliada.

Me roubam a minha linhagem e eu nada posso fazer. Vou perdendo aos poucos a minha cidadania diante de um formulário frio que exige que eu seja um quando eu sou vários, quando eu sou todos.

O que fazer quando sou etnia nova? Descendente várias. Meu corpo é de várias cores e não uma só. Minha família, mesmo a próxima e imediata, é heterogênea e vamos de todos os timbres e tons e possuímos todas as possibilidades de saturação de melanina.


Socorro?! O que eu faço? Não cabo no formulário! E ele se esvai, mas leva junto a minha cidadania, a minha nacionalidade... o meu direito à felicidade, de ser quem eu sou, inclassificável, Mestiço com M maiúsculo. Sou exilado na terra onde nasci, perdido onde moro, sufocado por ser diferente ao me sentir igual, por me sentir igual e por ser igual.