sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Algumas ideias para Reforma a Política

Todos os Financiamentos Publicados nos respectivos websites (valores, datas, financiadores).
Coligações Estáveis (por mais de uma eleição) e/ou proibição de coligações para cargos legislativos.
Legislador que assumir qualquer cargo no executivo precisará de renunciar ao seu cargo no legislativo.
Não haveria suplentes de nenhum tipo. Os cargos políticos não pertenceriam nem ao candidato nem ao partido. Eles pertenceriam ao eleitor. E quanto um membro do congresso saísse o próximo mais votado (não necessariamente do mesmo partido do que o que partiu) assumiria.
Quando uma eleição ao executivo fosse modificada por decisão judicial, jamais assumiria o segundo lugar. Ao invés disto uma nova eleição seria convocada.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Sobre política

Eu acho um pouco de graça da discussão política no Brasil. Primeiro: o que é neoliberal? Eu nunca encontrei uma definição clara para esse termo. Pra mim é um conceito guarda-chuva onde se coloca toda e qualquer coisa negativa sem vinculação teórica alguma. Neoliberal é um xingamento no Brasil. Nada além disto. Só para observar, não há ninguém que se declare neoliberal. É sempre uma maneira de apontar o dedo e acusar: Hey ! Aquele ali, ele é neoliberal!

Eu me considero um liberal. Liberal segundo a ideia de Irineu Evangelista de Souza (para ficar no Brasil). Ou seja, eu penso que o setor privado é melhor para os negócios e não deve ser atrapalhado pelo Estado e nem deve o governo dar privilégios para aquelas empresas que são propriedade dos amigos daqueles que estão no poder. O outro lado da moeda é que o setor estatal é melhor para as políticas sociais e para a regulação e não deve ser atrapalhado nisto pelas empresas - não importa quão poderosas elas sejam. Em resumo: empresas para automóveis, computadores, comida (entre outros negócios) e governos para saúde, educação, distribuição de renda (entre outras políticas públicas).

Com um núcleo importantíssimo: a liberdade. (Para mim é isto que significa ser liberal). A liberdade no âmbito privado é plena concorrência, sem nenhum monopólio ou oligopólio dominando o mercado. A liberdade no âmbito público significa democracia plena. Nos dois casos a liberdade de escolha deve ser aplicada SEMPRE que for possível.

Neste sentido os últimos 2 presidentes que tivemos foram liberais. Isto mesmo, Fernando Henrique e Lula interviram pouco diretamente na economia e promoveram reformas, regulação e políticas públicas de qualidade. Sim, para mim Lula foi um presidente liberal. Até mais que FHC, para dizer a verdade, e por isso seu sucesso. Como nas palavras de Lula "Não há capitalismo sem as pessoas terem capital para consumir". E nisto nenhum liberal clássico discordaria. Se voltarmos à Riqueza das Nações de Adam Smith vamos ver que é neste sentido que vai sua ideia (ao invés de dar mercadorias como em uma economia planificada, dê às pessoas dinheiro para que elas tenham a LIBERDADE de escolher). Por isso o Brasil melhorou tanto, porque aplicamos um liberalismo de qualidade.

Só para comentar: os últimos candidatos, curiosamente, José Serra e Dilma são, AMBOS, MUITO MENOS liberais que seus predecessores (tanto Lula quanto FHC) e isto para mim é um problema.

Uma palavrinha sobre as privatizações: eu acho que o Brasil é bem melhor com elas. Claro que cabe discutir se elas foram melhor ou pior implementadas. Este é um dever cívico. Até para garantir que novas privatizações (como a dos aeroportos) sejam feitas de uma maneira melhor! Outro ponto é que se formos olhar a teoria de gestão governamental internacional (chamada de liberal, mas que em momento algum se diz isto) ela jamais menciona que a privatização é a única saída para o governo. É apenas uma saída. Acontece que para muitos governos é mais fácil privatizar do que fazer outras reformas (ainda mais profundas) como introduzir competição no setor público e remuneração variável de acordo com a satisfação dos cidadãos com os serviços públicos prestados.

Uma última palavrinha sobre termos como "PIG" ou "PETRALHA". Na minha opinião eles são ridículos. Existem muitas pessoas boas e de boas intenções em ambos os partidos (PSDB e PT). Eu arrisco a dizer que são a maioria delas. Na minha opinião enquanto insistirmos em discutir pessoas ao invés de discutirmos ideias o nosso país não vai poder melhorar no rítmo que desejamos !

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Gastos em Educação x Resultados em Educação

Esta é para envergonhar Brasileiros e Portugueses.

Fonte: http://networkedreadiness.com/gii/

Gastos na Educação


Resultados na Educação


Por falar nisto: http://renatopedrosa.blogspot.com/2010/12/solucao-nao-e-gastar-mais-com-educacao.html

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Citação da Semana

"For-profit businesses have a common goal: create value for owners or shareholders by creating value for customers." Julia Hanna

"Negócios empresariais tem um objetivo comum: criar valor para os sócios ou acionistas através da criação de valor para os consumidores." Julia Hanna


Muitas vezes a gente escuta muitas bobagens sobre o objetivo da empresa privada, a maioria dita por advogados, do tipo "A empresa privada visa o lucro". Em que, na cabeça de destes, o lucro representa a extorsão da sociedade através da limitação do acesso da sociedade aos bens que ela necessita. Não! A empresa privada visa criar valor para seus proprietários através da criação de valor para a sociedade. Neste sentido ela faz o inverso ao que os conservadores brasileiros pensam, ela cria acesso a bens que a sociedade precisa. Por isto é tão brilhante e feliz a definição dos objetivos das empresas privadas feita por Julia Hanna.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Reinventando o Governo



Caros Leitores,

Venho aqui recomendar outro excelente livro que li: Reinventando o Governo.

Nesta é uma daquelas raras peças em que se discute o que gostaríamos do governo e os novos resultados que ele pode atingir se mudar sua forma de atuação. Um livro de sonhos, muito bem assentado sobre exemplos concretos. Muitas das coisas aqui nos passem pensar e questionar se nossos métodos são mesmo os melhores.

Sumário:
1. Governo catalisador: nabegando em vez de remar p. 01
2. O governo pertence à comunidade: dando responsabilidade ao cidadão, em vez de servi-lo p. 26
3. Governo competitivo: introduzindo a competição na prestação de serviços p. 51
4. Governo orientado por missões: transformando órgãos burocratizados p. 116
5. Governo de resultados: financiando resultados, não recursos p. 149
6. Governo e seus clientes: atendendo às necessidades dos clientes e não da burocracia p. 181
7. Governo empreendedor: gerando receitas ao invés de despesas p. 213
8. Governo preventivo: a prevenção no lugar da cura p. 240
9. Governo descentralizado: da hierarquia à participação e ao trabalho em equipe p.240
10. Governo orientado para o mercado: introduzindo mudanças através do mercado p. 305
11. Governo reinventado: uma visão de conjunto p. 338

Nossa Classificação: Novas idéias em governo
Assuntos Envolvidos: Administração, Administração Pública, Governo
Páginas: 436

Reinventar o Governo



Caros Leitores,

Venho aqui recomendar outro excelente livro que li: Reinventando o Governo.

Nesta é uma daquelas raras peças em que se discute o que gostaríamos do governo e os novos resultados que ele pode atingir se mudar sua forma de atuação. Um livro de sonhos, muito bem assentado sobre exemplos concretos. Muitas das coisas aqui nos passem pensar e questionar se nossos métodos são mesmos

Nossa Classificação: Tópico Avançado em Logística
Assuntos Envolvidos:Logística, Estratégia, Finanças e Marketing
Páginas: 208

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Poemas no Setor Público

No meio do caminho (dos resultados do setor público)

"No meio do caminho tinha uma regra
tinha uma regra no meio do caminho
tinha uma regra
no meio do caminho tinha uma regra.

Nunca me aquietarei diante deste acontecimento
na vida de nossas rotinas tão inadequadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma regra
tinha uma regra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma regra"

Renato Pedrosa
Paródia de No Meio do Caminho de Carlos Drummond de Andrade

domingo, 4 de dezembro de 2011

A questão Liberal (pelos liberais)

Se isso ocorre no Reino Unido, imaginem aqui no Brasil.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Sobre o Petróleo

"A Idade da Pedra não acabou por falta de pedra, ea Idade do Petróleo vai acabar muito antes do mundo ficar sem petróleo" - Sheikh Zaki Yamani

sábado, 19 de novembro de 2011

Sobre as Crises

Eu acredito que o problema atual dos Estados Unidos é que sua taxa de juros está muito elevada para seu nível de atividade interna e para seu nível de atração de poupança.
Penso que a situação dos EUA não é a de um país normal. Por isto ele comportaria taxas de juros nominais negativos. Só assim o apetite pelo dólar diminuiria no nível necessário.
Sendo ajustado o nível negativo adequado haveria 3 cenários. No melhor das hipóteses investidores sem alternativa manteriam seus investimentos nos títulos do Tesouro Americano, criando o paradisíaco cenário de capacidade de investimento do governo crescente com estoque da dívida decrescente. Num cenário médio os investidores trocariam os títulos do governo por ativos de empresas nos EUA impulsionando a criação de negócios e emprego. No pior cenário, a fuga do dólar desvalorizaria esta moeda em relação às demais tornando os produtos estadunidenses competitivos e invertendo assim a situação dos EUA no médio prazo.

Se nada for feito a manutenção das taxas de juros próximas a zero juntamente com uma inflação em dólar acima deste patamar fará os rendimentos em dólar terem perdas reais crescentes. Embora a situação se arraste, no longo prazo o mesmo efeito do pior cenário anterior se concretizará, invertendo a posição deficitária dos EUA para superavitária.

No caso da Europa eu vejo um problema de risco moral. O arcabouço institucional do grupo permite que um país aumente seu estado-de-bem-estar-social sem ter de pagar a conta. A Grécia é o exemplo claro disto. Como sua moeda não pode desvalorizar em relação aos demais países do grupo, não há a correção natural dos preços relativos e o país "aproveitador" se beneficia sem custo algum. Mesmo durante uma crise (como a que estamos vivendo agora) a situação de curtíssimo prazo no país-caroneiro é superior à que seria se ele não tomasse carona. Por não haver possibilidade de que um país quebre ou que a moeda se desvalorize, a simples manutenção de taxa de juros alta é capaz de atrair capitais enquanto se desejar. Todos investidores estão cientes de que devem sair quando a situação das contas tender a impossibilidade operacional de pagamento e voltar tão logo isto tenha se resolvido no curtíssimo prazo. O problema é mais grave uma vez que assim que outros atores tomem consciência deste mecanismo tenderão a se comportar oportunisticamente. Logo, caso as instituições na Europa não sejam reformadas, a situação do velho continente tenderá a se degradar mais e mais.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Evolução do PIB per capita - Evolução das Rendas e das Capacidades

Por Renato Paulo Nicácio Pedrosa


Conheça os dados em: http://data.worldbank.org/




Amigos leitores, uma das postagens mais movimentadas no meu blog é aquela que compara o crescimento econômico do Brasil, de Portugal, do Reino Unido (vulgarmente simplificado como Inglaterra durante o texto, apenas para facilitar o entendimento) e dos Estados Unidos.


Foi por isto que constatei que há escassez de material deste tipo em português, bem como análises claras que permitam qualquer concidadão compreender de maneira clara e fácil o que se passa com sua nação em relação às demais.


Neste sentido trago para vocês hoje mais algumas informações interessantes. Vou mostrar o crescimento da renda média por cidadão em um médio prazo. Não se assustem, a definição técnica para isto seria algo como: crescimento médio absoluto do Produto Interno Bruto (PIB) per capita (como vocês sabem, por cada cidadão) entre 2005 e 2010. Os valores utilizados estão em dólares (para facilitar as comparações entre países), a preços de 2005 baseados em paridade de poder de compra (PPP – evitando distorções de curto prazo cotações das moedas).


Por que levantar estes dados? Para se ter uma noção do bem estar econômico potencial de uma nação. Eu vou explicar melhor ao final, quem tiver interesse leia.


Primeiro vai se analisar o Brasil entre os BRICS, entendendo-os como Brasil, Rússia, Índia, China, e, incluindo, a África do Sul.




Fonte: Elaboração própria, dados do Banco Mundial.



Neste grupo o Brasil mostrou um crescimento médio. Houve no país U$309,29 a mais de riqueza por habitante. Na China este crescimento foi de $539,10; na Índia foram U$188,15 e na África do Sul U$175,91. Se tirarmos a África do Sul da análise e voltarmos ao grupo original dos Brics, o Brasil se encontra na metade inferior do ganho de riqueza per capita.


Vale lembrar que a China aplica os princípios do desenvolvimento capitalista de forma agressiva: sua taxação é de 20% do PIB enquanto no Brasil alcança quase 40%, os gastos do Estado são prioritariamente em infraestrutura (enquanto no Brasil são em seu estado de bem estar social), possui universidades de ponta (bem além das brasileiras), tem incentivos pesados para a poupança (largando indivíduos que não poupam à própria infelicidade), explora os cidadãos ao manipular o câmbio, achatando o consumo interno (e por tanto o bem estar real) pelo consumo futuro (bem estar futuro).



Agora o Brasil entre os (principais) países da América do Sul, têm-se os seguintes dados:




Fonte: Elaboração própria, dados do Banco Mundial.



Percebe-se que o Brasil se encontra na metade de cima entre os países americanos do sul. É interessante constatar o ponto em que a Argentina está, para isto, penso, deve-se levar em conta seu nível educacional. Vale lembrar que a Argentina já foi um dos países mais ricos do mundo, degradando-se durante o século XX.



O Brasil e os países de língua portuguesa:



Fonte: Elaboração própria, dados do Banco Mundial.



Percebe-se que só angola se encontra em ponto mais confortável que o Brasil.



BRICS e o G7 juntos:




Fonte: Elaboração própria, dados do Banco Mundial.



Revela-se o Brasil como liderança entre os países de desenvolvimento médio ou alto.



Brasil e pequenos países líderes de desenvolvimento ou em crise:




Fonte: Elaboração própria, dados do Banco Mundial.



Todos os países analisados neste estudo:




Fonte: Elaboração própria, dados do Banco Mundial.



Explicações sobre o estudo



Como se sabe se um país está melhorando ou piorando? Há várias necessidades das pessoas, para além das necessidades fisiológicas as pessoas precisam de coisas como liberdade, igualdade e fraternidade (para mencionar apenas as clássicas).


O problema é que cada um destes aspectos é multifacetado. Existem diversos tipos de liberdade, das políticas às pequenas decisões do dia-a-dia, como também existem diversos tipos de igualdade, das de gênero às de capacidades. Da mesma forma que é difícil imaginar todos seus aspectos também é quase impossível medir a todos eles.


Uma medida parcial, mas boa porque efetiva, direta e razoavelmente fácil de mensurar é a econômica. É fácil saber em que ponto estamos de uma igualdade de rendas, é só utilizar o índice de gini, não é tão complexo perceber o quanto estamos próximos de uma fraternidade econômica, é só verificar o montante de recurso em políticas de bem estar social e sua efetividade, também é razoável deduzir a liberdade econômica, é só ver quantas opções reais e informações claras uma pessoa possui em um processo de compra.


Entretanto todos estes aspectos dependem de um só, principalmente no longo prazo. Quanto cada indivíduo possui em média de riqueza para despender com seu conforto econômico? Ou seja, mesmo que todos os indicadores anteriores fossem os melhores possíveis, seus efeitos concretos ainda dependeriam de quanto de fato há de possibilidade em dada economia. Neste intuito esta avaliação se utiliza do indicador PIB per capita, porque ele dá a capacidade econômica média de liberdade, fraternidade e igualdade dentro de uma nação, ou seja, o quanto de conforto econômico é possível, dada uma dada realidade e dentro dos aspectos relevantes para a felicidade de todos.


Uma vez decidido pelo PIB per capita, por que vamos nos utilizar de seu crescimento absoluto ao invés de seu crescimento relativo, como é tão usual em estudos com este indicador. Porque penso que embora o crescimento relativo seja interessante para ver o sucesso em manter um ritmo de evolução de uma nação, facilitando comparações intergeracionais de um mesmo lugar, mas é péssimo para medir países diferentes, principalmente quando são países muito diferentes (com rendas per capitas iniciais muito desiguais). Ou seja, este indicador vai mostrar o quanto a mais de riqueza uma nação possui para despender por pessoa por ano, mostrando quantos produtos a mais uma pessoa pode ter, ou a melhoria possível em um serviço público de saúde, por exemplo.


O período foi escolhido para ter a capacidade de medir o resultado das políticas foi de 2005 a 2007 porque demonstra resultado das decisões tomadas de forma mais recente sem, entretanto, ficar a mercê de variações de curtíssimo prazo.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Pensamento do dia

Governar é como dirigir um carro sem para-brisas, a frente toda feita de lata, e as janelas cobertas de barro, com um mecânico, um guarda-de-trânsito e um examinador do DETRAN a bordo. Cada um deles com palpites diferentes enquanto do lado de fora vários pedestres gritam como o carro deve ser conduzido. A única coisa que todos concordam é que o veículo deve ser guiado de forma mais veloz. O que o administrador público deseja é instalar os para-brisas. Mas na realidade quase sempre só pode lavar as janelas permitindo uma visibilidade mínima tanto da frente quanto dos espelhos.

Renato Pedrosa

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Pensamento do dia

Eu penso pelo menos seis coisas impossíveis antes do café da manhã. No resto do dia eu tento fazê-las acontecer.

Citação da Semana

‎"I must study politics and war that my sons may have liberty to study mathematics and philosophy." - John Adams

"Eu devo estudar política e combate para meus filhos terem a liberdade de estudar matemática e filosofia" (Tradução Livre) - John Adams

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Banco Central [5]

Com a redução da taxa de juros em um ambiente tão inflacionário o Banco Central demonstra a incapacidade técnica do BC de instruir os políticos do melhor caminho a seguir.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Banco Central [4]

Estamos de olho no comportamento do Banco Central e da inflação. E estamos crescentemente preocupados.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Trânsito

Ou o governo de Belo Horizonte e todo o Estado a sua disposição resolvem o problema deste nosso gargalo em transporte urbano e trânsito ou nós precisaremos nem de governo e nem de Estado !!!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Previsões

A melhor maneira de prever o futuro é construi-lo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Definições de Teorias dos Jogos

Por Renato Paulo Nicácio Pedrosa



A) Valor esperado de uma loteria: é medida dos valores obtidos em determinado evento ponderada por sua probabilidade de ocorrência.



U[E(e) ]=v1.p1+v2.p2+⋯+vn.pn

B) Utilidade esperada de uma loteria: são todos os valores possíveis de um determinado evento com suas probabilidades.



U(e)=v1.(p1)+v2.(p2)+⋯+vn.(pn)

C) Aversão ao risco: significa que o agente está disposto a pagar para não correr o risco, pois a sua percepção de utilidade de determinado evento é inferior ao valor esperado deste mesmo evento. Tal que:



Up(e)<U[E(e)]

D) Neutralidade ao Risco: significa que o agente é indiferente ao risco, pois sua percepção de utilidade de determinado evento é igual ao valor esperado deste mesmo evento. Tal que:



Up(e)=U[E(e)]



E) Amor ao risco: significa que o agente está disposto a pagar para correr o risco, pois sua percepção de utilidade de determinado evento é superior ao valor esperado deste mesmo evento.



Up(e)>U[E(e)]

F) Estratégias puras: são as opções de decisões de determinado jogador. Representa que quando este opta por uma estratégia abandona completamente as demais.



Tabela 1 - F

G) Estratégias mistas: são combinações de opções de decisões realizadas por determinado jogador. Significa que ele fará algumas jogadas tomando uma estratégia e outras tomando outra delas, de certa forma aleatória, de tal forma que o adversário não saiba em determinado momento qual estratégia específica o jogador citado estará tomando.



Tabela 2 - G

H) Estratégia max min: consiste em reduzir a perda possível em determinado jogo. Ela é adotada sempre que se duvida da racionalidade (aparente) do adversário. Ela é tão mais consistente quanto maior for o nível de perda para um mesmo nível de dúvida, ou maior for o nível de dúvida para um mesmo nível de perda. Esta estratégia consiste em obter o maior dos menores resultados possíveis.



I) Equilíbrio max min: é o resultado esperado quando os jogadores adotam estratégias de max min. Segue um jogo de prisioneiros, os valores são o tamanho da pena para cada um deles (negativo por que representa uma perda de liberdade).



Tabela 3 - I

J) Equilíbrio de Nash: são os pontos de estabilidade de um jogo. É uma dada combinação de estratégias em que nenhum dos jogadores tem incentivo a mudar individualmente sua estratégia. Representa qual será a estratégia do jogador que maximiza seu resultado sendo dada a estratégia utilizada e vice-versa.



Tabela 4 - J

L) Ameaças ou compromissos não críveis: são sinalizações de que um jogador irá punir o adversário em um jogo, pois esta ameaça pode induzir um comportamento do adversário que favoreça ao jogador. Entretanto, uma vez que o adversário tenha tomado uma decisão indesejada pelo jogador, este não deverá implementar a ameaça, pois tomá-la não só piorará o resultado do adversário, como também piorará o resultado do próprio jogador.
Conhecedor deste fato o adversário racional será indiferente à ameaça do jogador racional ao tomar suas escolhas. Logo ameaças não críveis são ameaças de punições não implementáveis.



M) Equilíbrio de Nash perfeito em subjogo: é um Equilíbrio de Nash que resta em um jogo seqüencial quando analisados os subjogos algumas estratégias são descartadas por tratarem-se de ameaças não críveis.



N) Seleção Adversa: é quando, em um contrato feito para uma amostra média em adesão voluntária, apenas ou majoritariamente a parcela “menos desejável” adere, desequilibrando assim o resultado global do contrato.



O) Risco Moral: representa os incentivos para o comportamento individual que são danosos ao contrato e que têm sua origem no próprio contrato. Ou seja, um seguro ótimo para uma amostra com determinado comportamento, pode incentivar a piora deste comportamento. Exemplo: proprietários de veículos segurados que tomam menos cuidado com os mesmos quando sabem que estes estão protegidos por seguros.

domingo, 31 de julho de 2011

Não à censura na Internet

Este canal não está disponível em seu país.


Não à censura na Internet!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Reformas

Reformas no Estado são como dieta saudável, são horríveis de se fazer, mas você se beneficia para sempre de tê-las feito e colhe os benefícios disto.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Banco Central [3]

Se o Banco Central do Brasil tivesse sido competente em aumentar os juros no momento certo com vigor as expectativas teriam se conformado mais rapidamente e já estaríamos começando a colher os frutos agora, sem mais aumentos de juros e com inflação controlada. Entretanto decidiram pagar para ver, pensando que um pouco de inflação é aceitável. O controle da inflação pelos governos é muito pequeno. Tratá-la com taxa de juros é como remar em um rio de correnteza forte, o melhor seria ter pego o outro braço do rio quando tivemos oportunidade.
Assim queimam a presidente e não cumprem seu papel fundamental de zeladores das condições macroeconômicas.


Onde está Henrique Meirelles?

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Arnaldo Jabor e o Trem Bala

Até me agrada a idéia do tem bala, mas o argumento dele é de extrema lucidez


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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Correios

Olá Pessoal,
Recentemente temos visto problemas nos correios. Se quiserem se informar mais, deem uma olhada:
http://www.youtube.com/watch?v=Vu3gzcAL1Wk
http://www.youtube.com/watch?v=Rdy2O2Nifwo&feature=related
http://youtu.be/Z4NTgmczV7Y




Claro que muitos dirão que a solução que a solução são mais contratações, concursos, dinheiro e etc. Claro que não digo que esta não é a solução para a empresa, só acho que não é a solução para a sociedade. Creio que é chegada a hora para a quebra do monopólio dos correios nos serviços postais. Um pouco de concorrência ia fazer bem para os correios. Além de empurrar as empresas para a eficiência a concorrência também diminuiria o impacto da ingerência patrimonialista de políticos sobre o setor de comunicações postais.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Perguntas e Respostas 2 - Cláusula de Sucesso

Preciso de uma idéia de modelo contratual com cláusula de sucesso, ou seja, se prestarmos consultoria em uma determinada empresa e dermos resultado no faturamento, ficamos com um percentual.


Questão proposta por Andreas, Grupo Incorpore e EQP Service e Treinamento, via LinkedIn, Consultores Brasileiros



Caro Andreas,


Uma cláusula de sucesso é muito benéfica à primeira vista, mas na prática se torna muito difícil.


Entretanto se você deseja seguirem frente, porque crê que os benefícios potenciais superam os riscos, deverá levar duas coisas em consideração.
Primeiro deverá se observar a tendência natural dos resultados da empresa, ou seja, qual o resultado que a empresa alcançaria sem a consultoria. Depois deverá se observar os desvios da média, como a sazonalidade. Logo a cláusula de sucesso deveria ser baseada nestes estudos. Ou seja, a taxa de sucesso deveria ser proporcional à parte acima da projeção prévia do resultado limpo dos desvios.


Uma vez solucionado este problema (ex-ante) sobra outro, um problema ex-post.


Sobre o prisma da Teoria dos Jogos a empresa tem incialmente todos os incentivos para pagar corretamente, já que isto significa que ela dará bons incentivos aos consultores para realmente se empenharem (uma vez que participarão dos resultados), uma vez que os resultados já foram alcançados os incentivos se invertem e a empresa tem todos os incentivos para não pagar corretamente. Por quê? Porque muitas coisas acontecem no processo, coisas não previstas, esta incerteza natural somada à inexatidão de informações levarão à empresa a crer que a maior parte do lucro extraordinário foi resultado de seu próprio engajamento e os consultores a crerem que uma parte mais do que a prevista dos resultados advieram de seu know-how transmitido.


O problema neste sentido é que o consultor é a parte fraca, já que sua capacidade de impor um pagamento é pequena e a da empresa de negar, ou pelo menos protelar fazendo-lhe perder valor no tempo, é grande.


Uma solução parcial para este problema poderia ser dividir a entrega do trabalho e a mensuração de resultados em várias partes. Assim a empresa teria incentivos de pagar corretamente em uma rodada para que consiga os melhores resultados na rodada seguinte. Esta resposta é apenas parcial porque uma empresa racional pode calcular o ponto que maximiza seu resultado global e só pagar até este ponto. Uma consultoria ainda mais racional poderia solucionar este ponto sabendo de véspera da ação da empresa e sobre-precificando seu trabalho até o ponto em que o pagamento parcial previsto tenha taxa de retorno aceitável. Todavia esta sobre-precificação pode deixar o custo aparente para a empresa superior ao de outras formas de contrato, principalmente em ambientes de incerteza.


Sem contar que ações plenamente racionais em um "jogo" são teóricas e empresas podem agir de maneira emocional, ou utilizando uma racionalidade complexa que atua em vários "jogos" simultâneos de difícil análise holística a priori, o que pode dificultar o diagnóstico.


Ocorre que o relacionamento de longo prazo da consultoria com a empresa e o inter-relacionamento entre as pessoas pode afetar seu comportamento. Tudo isto deve ser friamente analisado para criação do contrato. Deve-se equacionar os sistemas de incentivos para que tudo transcorra bem.


Outra opção é que a consultoria receba todo o valor adicional (ou seja tenha-lhe a posse) sendo que a propriedade (o direito sobre os valores) continue com a empresa, desta forma ela pode obrigar seu pagamento simplesmente transferindo à empresa o valor com o repasse já descontado.


Eu adoraria colocar aqui um modelo ou um arquétipo de cláusula, mas seria leviano da minha parte desenhar qualquer contrato/cláusula sem fazer os cálculos devidos e ter acesso a todas as informações. Infelizmente não posso ajudar na efetiva construção da cláusula de sucesso deste negócio, porém acredito que as informações prestadas lhe darão subsídio para tomar a decisão mais acertada e minimizar os riscos. Desejo-lhe todo sucesso do mundo nesta consultoria.


Renato Pedrosa

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Perguntas e Respostas 1 - Desconto de Iniciantes

Vocês acham que é interessante um profissional, que é novo e pouco conhecido no mercado, dar um bom desconto em seu trabalho como instrumento de divulgação?


Questão proposta por Cíntia, via LinkedIn, Network Belo Horizonte



Há duas formas básicas de funcionamento do desconto por uma startup. Este pode ser instrumento de precificação ou um instrumento de promoção, sendo cada um resultado de uma estratégia distinta.



1. Como preficificação:



Há muito aprendizado na experiência. Quanto mais uma atividade é realizada, mais se apreende suas técnicas e mais aprimorada aquela se torna. Ou seja, mais valor a empresa ou o profissional agrega aos seus serviços ou produtos. Sempre que houver duas empresas ou dois profissionais com tecnologia idêntica ou com formação idêntica (entre outros parâmetros iguais) é o tempo de experiência que dará a diferenciação entre ambos. Neste caso um desconto ao preço de mercado deverá ser oferecido até que a diferença de experiência torne-se proporcionalmente desprezível. O valor do desconto é, simplificadamente, aquele que garanta ao entrante plena utilização da capacidade do entrante.



2. Como promoção:



O entrante tem outros problemas. Como não é conhecido pelo mercado, os contratantes ou clientes não sabem do que ele é capaz. Este cenário se subdivide em 2.


2.1 Quando as somas das habilidades do entrante resulta em uma qualidade que se equivale à média do mercado e há mais de uma venda.
Neste caso o entrante oferece um único desconto por cliente/contratante para que o cliente em potencial experimente seu serviço ou produto sem correr (grandes) riscos. Uma vez conhecendo a qualidade destes este poderá pagar o preço de mercado nas futuras compras.


2.2 Quando a soma das habilidades do entrante resulta em uma qualidade superam à média do mercado e há apenas uma troca entre consumidor ou contratante.
Neste caso o desconto para um grupo de clientes/contratantes é capaz de gerar grande valor adicional que faz com que seus clientes ou contratantes se encarreguem de realizar a divulgação expontânea dos seus serviços ou produtos atraindo mais e mais clientes ou contratantes.


Outra forma complexa seria combinação das formas precedentes.


Renato Pedrosa

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Crise Financeira

O problema da crise financeira global não é o risco sistêmico, que já existe há muito tempo, mas o risco moral, que no atual nível existe desde a crise do subprime. Enquanto a alta cúpula dos bancos colher os lucros de operações de alto risco e serem salvos sempre que houver um efeito adverso ela nunca deixará de entrar em grandes encrencas. A correção dos mercados financeiros globais deveria passar por uma reestruturação do sistema de incentivos. Estes poderiam ser corrigidos através de uma reestruturação do sistema de falências de instituições financeiras. Não quero dizer com isto que deveríamos deixar os bancos caírem um atrás do outro que nem dominós em linha. Entretanto deveria existir um sistema de falências virtuais. Explico: toda vez que uma instituição financeira entrar em dificuldades que ensejariam seu desmantelamento, a ajuda governamental seria condicionada à transferência total de ativos dos antigos proprietários para novos. Estes novos proprietários de preferência seriam aqueles que nunca atuaram no mercado financeiro antes. Conjugada com a troca da equipe de gestão.

sábado, 18 de junho de 2011

Inflação

Não cuidar da inflação hj esperando que ela converja para meta em 2012 é como dizer que nâo se almoça hj porque irá-se almoçar amanhã.

sábado, 4 de junho de 2011

Bombeiros

Os bombeiros do Rio de Janeiro precisam de nossa solidariedade e de nossa ajuda!

domingo, 29 de maio de 2011

Crescimento Econômico - Brasil x Portugal x Reino Unido x Estados Unidos

Por Renato Paulo Nicácio Pedrosa


Conheça Econgeodata em: http://sites.google.com/site/econgeodata/




1. PIB Per Capita



O PIB percapita é uma boa medida de crescimento econômico, pois considerando as riquezas produzidas pelo número de pessoas nesta economia retrata bem o nível de produtividade desta economia.


Desta forma apresento os dados da evolução do PIB de duas ex-colônias (Brasil e Estados Unidos) e 2 ex-metrópoles (Inglaterra e Portugal) para fomentar a curiosidade sobre os fenômenos histórico-sociais que podem ter ocorrido para determinar nosso nível de "desenvolvimento" econômico atual.


Os gráficos a seguir são de minha elaboração e baseados em dados do Econgeodata. Os valores do PIB estão em dólares Geary-Khamis a preços de 1990



2.1. Tendências de PIB Per Capita de 1600 até 1820



1. Tendências de PIB percapita de 1600 até 1820


2.2. Tendências de PIB Per Capita de 1700 até 1900



2. Tendências de PIB percapita de 1700 até 1900


2.3. Tendências de PIB Per Capita de 1820 até 2000



3. Tendências de PIB percapita de 1820 até 2000

segunda-feira, 16 de maio de 2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Banco Central [2]

O Controle da Inflação feita pelo Banco Central no Governo Dilma não é mais confiável. [2]

terça-feira, 26 de abril de 2011

Bandeira de Minas Gerais

Como todos sabem a bandeira de Minas Gerais contém um "lema": "Libertas, quae sera tamen"





O que poucos sabem é que este lema encerra uma polêmica. Retirado do verso de Virgílio, esta seria incompleta ou incorreta. Segue o verso e posteriormente a tradução:


"Et quae tanta fuit Romam tibi causa videndi?"
"Libertas, quae sera tamen, respexit inertem,
(Candidior postquam tondenti barba cadebat,
Respexit tamen et longo post tempore venit,
Postquam nos Amaryllis habet, Galatea reliquit.").


Se me permitirem uma tradução livre, resultado de uma coletânea de pesquisas e uma adaptação para o melhor sentido em nossa língua falada atual ficaria assim:
"Qual foi o motivo extraordinário para ir ver aquele que detém o poder?" - Melibeu questionou.
"A Liberdade confiou em mim, embora atrasada, mas eu nada fiz. - Títiro respondeu.



Disto temos a polêmica: a bandeira de minas só chega até tamen: "Libertas, quae sera tamen". Cujo melhor siginificado é o incompleto: "a liberdade que tardia, todavia..." (segundo Deonísio da Silva) que viria da tradução: "A liberdade que tardia, todavia, apiedou-se de mim, na minha inércia". Segundo minha (limitadíssima) interpretação seria: A Liberdade [fez algo que lhe é implícito], embora atrasada, mas [eu fiz algo que completa a frase]. Logo entendo que a Liberdade confiou, pois faz parte de sua natureza fazê-lo, e este é o significado desta omissão; e que o que fiz ou faremos desta ação não está no lema, pois depende da escolha de cada um. Uma espécie de jogo culto entre a sintaxe e a semântica. Entre a lógica da escrita e seu significado. Ao omitir o trecho original, entendo também que quiseram dar uma escolha, algo como: completem como desejarem. A liberdade confia em ti, ainda que atrasada, entretanto... No que todos deveríamos completar: entretanto não irei decepcioná-la e não ficarei passivo um instante sequer, estarei lutando todo o tempo por ela. Distanciando-nos da postura original do personagem de Virgílio.



Me arrisco nesta tradução e nesta busca de significado. Porque como latinista sou pré-elementar. Entretanto compreendo que é um dever cívico dos mineiros buscar a compreensão completa do significado de sua bandeira. E é isto que eu fiz. E de agora o significado da bandeira será para mim:




A Liberdade confiou em mim, embora atrasada, mas eu irei lutar. - Porque a liberdade é a dádiva suprema dada a cada ser humano.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Foda !



O bacana é coordenar essa galera toda e sair tão bem feito. Detalhe que eles inverteram a sequência, o câmera vai pra frente e as pessoas para trás. Talvez tivessem um visual AINDA mais bonito caso as pessoas andassem para frente e o câmera para trás, já que não os veríamos olhando para trás. "Propaganda" muito bacana que espalha sem gastos. Parabéns a todos! Excelente!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Citação da Semana

"Investir em conhecimento rende sempre os melhores juros." (Benjamim Franklin)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Banco Central

O Controle da Inflação feita pelo Banco Central no Governo Dilma não é mais confiável.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Debatendo a perspectiva de Pessoas na Agenda de Melhorias, Uma visão Crítica

Por Renato Paulo Nicácio Pedrosa


Conheça a Agenda de Melhorias em: http://www.agendademelhorias.org.br




1. INTRODUÇÃO



A Agenda de Melhorias é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais para a modernização do setor público. Seu paradigma é válido, pois apresenta uma série de “novidades” para o governo que são realmente capazes de dar-lhe mais eficiência e eficácia. No entanto longe de ser uma iniciativa gerencialista do século XXI alinhada com que pode ser visto em locais como Reino Unido e Nova Zelândia, aproxima-se mais à alta burocracia que foi vista na reconstrução da Alemanha pós Primeira Guerra Mundial no século XX. Centralizada, técnica, voltada para resultados e, até o ponto que não se discutem seus objetivos e seus resultados indiretos ou de longo prazo, bem sucedida. Até mesmo o culto ao líder que fora observada neste momento histórico pode ser visto de maneira mais sutil e revisada agora. Financiado com dinheiro público, quase todos os relatórios da Agenda de Melhorias fazem culto ao seu líder, como pode ser visto em seguida:



Essa ousada criação somente se viabilizou pela atitude republicana e pelo espírito empreendedor de dois Governadores do Estado de Minas Gerais, Aécio Neves e Antonio Anastasia, lideranças mineiras e nacionais, que desenvolveram e consolidaram um ambiente inovador no qual prevalecem a governança, a responsabilidade e o rigor técnico e ético. (AGENDA DE MELHORIAS, 20--a, p.2), (AGENDA DE MELHORIAS, 20--b, p.2), (AGENDA DE MELHORIAS, 20--c, p.2), (AGENDA DE MELHORIAS, 20--d, p.2).



Não se deve julgar a isenção “técnica” de um documento pelos seus resultados, sob o risco de se aceitarem apenas os resultados que agradam. Todavia há de se desconfiar de uma iniciativa pouco institucionalizada, altamente dependente da contínua afirmação governamental para continuar existindo. Ainda mais quando esta continuamente reforça o culto ao líder/padrinho. Por isto seus relatórios devem ser vistos como documentos políticos, ou, no mínimo, documentos técnico-políticos.


Os documentos da Agenda de Melhorias mencionam inovação a todo o momento. Porém inovação de valor, como compreendida por Kim e Mauborgne (2005) em que inovação significa levar algo no limite de um modelo a outro modelo inédito e melhor, inexiste nas proposições da Agenda de Melhorias. Nada proposto é de fato inédito, já foi feito e já existe em lugares mais desenvolvidos do mundo. Inovação neste contexto só pode ser compreendida como adaptação de melhores práticas que já existem no mundo. Toda a preocupação com o bechmark confirma isto. Deve-se entender que ainda assim não se perde o caráter essencial da iniciativa, que, se não é gerar um Estado genuinamente inovador, é tirá-lo da reatividade e lançá-lo na “proatividade”, na fronteira do que existe de melhor, fazendo-lhe responder ao cidadão da melhor forma conhecida. Com isto é uma iniciativa de grande valor.



2. PESSOAS



No esquema-símbolo da Agenda de Melhorias, pessoas aparecem como núcleo, o triangulo central na formação de outro triangulo maior que é uma explícita alusão à bandeira de Minas Gerais. A grande importância inferida do desenho, contudo, não se explicita no restante dos relatórios apresentados. Estes deixam claro o que já foi feito: Empreendedores Públicos (EP), Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG), Programa de Desenvolvimento de Gestores Públicos (PDG), entre outras medidas; como um todo aprimorável, mas suficiente.


Os Empreendedores Públicos (EP) são pessoas de fora de determinada estrutura do Estado que são selecionados para arejar a Administração Pública. Seu objetivo é “dar suporte ao programa Estado para Resultados (EpR), e na implementação do Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI)” (AGENDA DE MELHORIAS, 20--a, p.7).


Os EPPGG são executivos de Estado. Possuem conhecimentos jurídico-legais, econômicos, capacitação em Administração Pública (condução do Estado) e Políticas Públicas, algum conhecimento de Administração (compreensão e gestão de organizações), de política e reflexão filosófico-sociológica. Seu objetivo é ser uma mão-de-obra apta “a atuar no processo de modernização do Estado.” (AGENDA DE MELHORIAS, 20--c, p.7).


O PDG é um programa de capacitação para cargos gerenciais que possibilita a “Ampliação da Profissionalização dos Gestores Públicos” (AGENDA DE MELHORIAS, 20--d, p.8).


Com a visão “aprimorável, mas suficiente” evidencia-se que pessoas não são de fato parte do núcleo da estratégia da Agenda de Melhorias, não obstante são insumos indispensáveis. Fica clara a ausência da preocupação quase obsessiva com pessoas que pode ser encontrada em outros governos tal qual o Britânico. O que é um erro gravíssimo, pois se entende pessoas como uma commodity substituível e as analisa apenas através de estruturas simplórias de incentivos, ignorando os avanços de Maslow e Herzberg, entre outros, em relação à motivação e à produtividade.


Deveria se compreender que iniciativas como EP, EPPGG e PDG são essenciais e excelentes práticas para serem adotadas e copiadas por todo o Brasil. Só que, como propostas para o futuro, estas estão esgotadas. O simples aprimoramento incremental destes mesmos instrumentos não irá levar o Estado à direção certa no ritmo adequado. Sem pessoas motivadas: sem maiores retribuições (algumas vezes não financeiras), sem “empoderamento” (enriquecimento das tarefas e uma autonomia muito maior) e sem uma avaliação eficaz de “resultados” (através de mecanismos de quase mercados e clientes-fornecedores internos e externos) que funcionem não se melhorará o Estado muito além do que já foi feito.



3. ESPECIALISTAS EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL



O relatório da Agencia de Melhorias (20--c) sobre os EPPGG começa descrevendo sobre o que se trata a profissão, sua história, o que são a Escola de Governo e a Fundação João Pinheiro. Descreve também as relações entre o Estado, a escola e os profissionais/alunos; bem como, superficialmente, problemas relacionados à avaliação do investimento e seu retorno.


Em seguida o relatório citado discute a seleção e o ingresso. Mas o faz de maneira equivocada, comparando o CSAP (Curso Superior em Administração Pública) com alguns dos cursos mais concorridos da UFMG como se todos os alunos escolhessem o curso por sua qualidade e jamais pela simples oportunidade de ingressar no Estado ou de receber enquanto fazem algum estudo, algo potencialmente equivocado. Prossegue compreendendo a desmotivação e evasão do curso como “excesso de expectativas” dos alunos ao invés de falta de incentivos adequados e custos altos e assimétricos de participação. O CSAP deveria mesmo ser permeado por pessoas de todas as classes, mas é um equívoco supor que as das classes mais baixas são menos ambiciosas ao dizer “mais humildes” – como sugere o relatório.


Outro equívoco é da escola. O CSAP sabota qualquer iniciativa dos alunos de obter outras graduações (relacionadas com Administração Pública ou não) e novos conhecimentos supostamente não relacionados com Gestão Pública. Isto é apenas citado pelo relatório. Deveriam compreender que são as demais graduações e conhecimentos que arejam o curso, um curso que é demasiadamente auto-alinhado com a vontade do governo (como um todo ou em suas partes).


Outra inversão comum e que é endossada pelo relatório é em relação concurso-curso-bolsa. No texto citado chega-se a se dizer que a bolsa descaracteriza o curso. Também compreende que se faz o curso com a vantagem de se ter ao seu término um emprego. Quando na verdade se faz um concurso para entrar nos quadros do Estado como Administrador Público, cujo custo/requisito-obrigatório é cursar o CSAP (independente da vontade do participante) e a “indenização” pelo tempo despendido obrigatoriamente é a bolsa. Não se comenta ainda que em regra nos demais concursos a bolsa durante o tempo de treinamento é de 50% do vencimento, o que no CSAP significaria mais do que a bolsa atualmente ofertada. Acredito que o fato da bolsa ser tão baixa é que seleciona adversamente pessoas com baixa experiência profissional, baixa idade e de famílias abastadas. Porque ninguém poderia sustentar uma família com rendimentos tão baixos ao mesmo tempo que arca com as despesas inerentes ao curso (locomoção, “xerox”, computador com internet para a comunicação da escola, etc).


O relatório também revela a falta de prática durante o curso. Para solucionar isto aponta um estágio obrigatório antecipado. A solução real seria muito mais simples, alocar as aulas em horários adequados ao trabalho, fomentando-o ao invés de, como é atualmente feito, combatendo-o. Isto se complementaria não se evitando mais estágios em ONGs e em empresas privadas.


Um dos pontos mais lúcidos do documento da Agenda de Melhorias é destacar a falta de capacitação gerencial dos EPPGG, de fato faltam-lhes várias ciências e técnicas gerenciais para o dia-a-dia. No entanto, por outro lado, é a compreensão exaustiva que possuem de políticas públicas que os tornam alguma coisa diferenciada dos outros cursos de administração existentes. Uma alternativa seria ofertar disciplinas opcionais, aumentando a heterogeneidade dos egressos, como o relatório aponta em suas conclusões.


O relatório discute ainda a questão dos docentes. Vê como um problema vínculos precários e como deficitária a diversidade necessária ao curso (professores pesquisadores, atuantes no setor público e atuantes no setor privado). A discussão sobre este corpo é válida, porém passa ao largo da questão principal: a completa falta de mecanismos de controle dos professores. Em escolas superiores particulares o financiamento via estudantes garante o alinhamento desta com os interesses educacionais de seus alunos, bem como evita abusos. Em escolas superiores públicas o aluno é o fim da política pública. Isto mais a independência financeira dos alunos e seus órgãos representantes (em relação à instituição) somados a um grande ativismo político alinha de forma mais frágil, porém efetiva, esta escola com os interesses dos alunos. Todavia o caráter da Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho é de um terceiro tipo hibrido. Ela é uma escola corporativa pública em que os alunos são vistos como meio e não fim de políticas públicas, sem órgãos representativos fortes ou independentes, com altíssimos custos de desligamento e incentivos não acadêmicos para permanência. Isto causa terríveis distorções que deveriam ser mais bem investigadas como, por exemplo, em relação às expectativas e em relação a possíveis medidas arbitrárias.


Sobre a alocação, a Agencia de Melhorias (20--c), comenta a grande possibilidade de inserção dos EPPGG, que atualmente podem ir para praticamente qualquer parte do executivo. Apresenta o estágio supervisionado como principal definidor da alocação final, porém aponta problemas na combinação de competências e necessidades dos cargos no Estado. O relatório menciona a melhora do status dos EPPGG em relação à percepção de colegas de outras carreiras.


O texto também toca num ponto muito sensível que é a total falta de transparência no processo de alocação: “A grande demanda por EPPGGs e a pequena oferta deles tornam o processo de alocação uma ‘incógnita’ [...] Gestores entrevistados acreditam que o processo deveria ser mais transparente, público.” (Agencia de Melhorias, 20--c, p.40). Mais do que isto a alocação-incógnita tira a isenção do concurso. Não há nenhum mecanismo de incentivos ou controles que impeçam o uso nepótico dos alunos, ou seja, uma vez que os alunos entram no CSAP, que compõe fase de concurso, não há sistemas burocráticos nem gerenciais capazes de organizar as etapas seqüentes; as alocações poderiam ser completamente clientelistas e corporativistas. A concessão de estágios é obscura tal qual a alocação final, as notas do CSAP, que repetindo: é etapa de concurso, não são levadas em conta até o ponto em que se sabe, e muitas das vagas disponibilizadas já vêm com os nomes pré-escolhidos, sem chance alguma de concorrência. Só resta aos participantes terem fé, como sempre temos, na ética pessoal dos envolvidos. Por isto, este tema deveria ser urgentemente analisado e corrigido por todos os que atuam nele.


A Agencia de Melhorias (20--c) destaca que a carreira de EPPGG tem problemas com sua remuneração e com seu desenvolvimento. A nova lei que vale desde janeiro de 2011 foi bem intencionada, mas não logrou em dispor a carreira da dinâmica necessária. O documento mostra também que existe no estado remuneração variável condicionada a resultados que quando funciona adequadamente é uma excelente prática.


Prosseguindo na discussão dos salários o texto passa longe de uma importante discussão: os mecanismos de incentivo individuais. Há uma evidente relação entre os baixos salários, permanência na carreira e castigos pelo abandono. Aplicando multas altíssimas o Estado consegue manter boa parte de seus EPPGG mesmo com baixos salários, mas não se pensa nas distorções que este sistema pode causar, tais quais: seleção adversa (acumulo de servidores do tipo conservador e daqueles que possuem outras fontes de renda, e fuga do tipo mais ambicioso); e profundos impactos sobre fatores motivacionais e de produtividade.


Depois de todas estas discussões, o relatório faz algumas proposições. Pelos motivos acima expostos; concorda-se com as proposições de:
a) maior divulgação do concurso – informando assim a todos desta oportunidade –;
b) entrevista de alinhamento de expectativas – para que, através do diálogo, os interesses do Estado e dos servidores sejam os mais complementares possíveis –;
c) prêmios para proposições inovadoras no governo através de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) – incentivando a agregação de tecnologia à ação governamental –;
d) uma unidade de supervisionamento dos EPPGG dentro da SEPLAG – permitindo assim o acompanhamento desta carreira estratégica –;
e) um momento de formação após o estágio probatório – permitindo uma maior qualificação técnica e diferenciação entre os EPPGG –;
f) uma maior produção de informações sobre a carreira – subsidiando assim a gestão da carreira;
g) a reformulação da estrutura remuneratória – para aumentar os incentivos e combater a evasão –;
h) e o plano de saída para proteger o funcionamento do Estado – mas não da forma como proposta que adiciona custos ao servidor já inserido em uma estrutura de incentivos perversa.


Discorda-se:
a) de atrelamento da bolsa atual ao desempenho – uma boa idéia seria inserir um prêmio adicional pelos bons desempenhos, adequando a retribuição do período de treinamento dos EPPGG com o que é praticado em outros concursos –;
b) da pré-definição dos temas de conclusão de curso – o que impede a expressão das vocações dos alunos.


A Agenda de Melhorias (20--c) sugere ainda o prolongamento do período de permanência obrigatória dos EPPGG. Isto representa um aumento das amarras que causam todo o tipo de disfunção nos mecanismos de incentivo, como foi supra-analisado. O mais adequado seria realinhar os mecanismos de incentivo (custos e benefícios) aumentando os benefícios (salários e aqueles não financeiros) de forma que superem os custos e retenham os profissionais através de suas preferências individuais.


Neste sentido a regra atual de que os EPPGG devem ficar no Estado para não serem castigados é também equivocada. Um realinhamento dos incentivos seria um melhor remédio. Aqui poderia se levantar ainda que existindo o Estágio obrigatório no Estado por 1 ano dentro do “curso-etapa-obrigatória-do-concurso” e sendo o aluno obrigado a ser bem avaliado para concluir o curso e tomar posse, este mecanismo incorpora o espírito do estágio probatório. Desta forma, para que se atenda melhor ao espírito do estágio probatório imposto pelo legislador, este primeiro ano deveria ser contado como parte integrante do estágio probatório, reduzindo o tempo deste depois de finalizado o curso de 3 para 2 anos, acelerando assim a evolução dos EPPGG e acrescentando incentivos para sua permanência no Estado.


Outro ponto a se combater presente no relatório é a constante idéia-fundamento de que a educação no CSAP é um favor do Estado. Não o é. É importante destacar que educação é um anseio social e uma obrigação constitucional. Ou seja, nunca deveria ser encarada como um meio, pois é um fim, uma das razões pela qual a sociedade tolera o Estado. Logo o aluno que se educa, mas não permanece trabalhando para o Estado, não poderia ser punido analisando-se também pelo lado moral.


Por fim entende-se que a Agenda de Melhorias é uma iniciativa bem intencionada para a melhoria do serviço público. Há nela pontos positivos e outros contestáveis. Cabe à boa política definir quais são os tipos de cada uma das proposições e aplicar o que se puder extrair de melhor para o Estado. Nunca devemos nos dar por satisfeitos com aquilo que já foi feito. Devemos prosseguir em uma eterna ambição por dias melhores para todos os cidadãos. É neste caminho que vai o Estado em Minas Gerais e para isto que são formados os EPPGG, para continuarmos avançando.



REFERÊNCIAS



AGENDA DE MELHORIAS. Empreendedor Público. 20--a. 56 p. Disponível em: <http://www.agendademelhorias.org.br/uploads/documentos/registro_empreendedor_publico_ep_apresentacao.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2011.
AGENDA DE MELHORIAS. Relatório Benchmark para as Iniciativas EP, EPPGG e PDG Minas. 20--b. 36p. Disponível em: <http://www.agendademelhorias.org.br/uploads/documentos/benchmark_pessoas.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2011.
AGENDA DE MELHORIAS. Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental. 20--c. 75p. Disponível em: <http://www.agendademelhorias.org.br/uploads/documentos/registro_eppgg.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2011.
AGENDA DE MELHORIAS. Programa de Desenvolvimento Gerencial. 20--d. 73p. Disponível em: <http://www.agendademelhorias.org.br/uploads/documentos/pdg_minas.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2011.
KIM, W. Chan; MAUBORGNE, Renée. A estratégia do oceano azul: como cirar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante. 20. ed. Rio de Janeiro: Campus, Elsevier, 2005. 241 p.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011



Fala sério ! É o maior barato este tipo de comunicação !
O CONAR (CONSELHO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA) - órgão autônomo e independente do governo - deveria pegar mais leve na regulação.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Como eu penso

Dignidade é trabalho, igualdade é oportunidade e liberdade é autonomia.
Dignidade é trabalho, igualdade é oportunidade

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

"Se você só consegue ver uma solução, você não entendeu bem o problema"
Beighkey & Morrison HeadFirst PHP & MySQL p. 633

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

UNIMED

Faz alguns dias eu passei muito mal. No meio de uma violenta crise de vômitos eu liguei para a UNIMED, pois não sabia o que fazer e não sabia a gravidade da situação. A primeira opção do menu era para chamar uma ambulância, esperei. Depois desta opção uma interminável propaganda se estendeu sem fim. Desliguei e liguei novamente. Desta vez, após mais um vômito, disquei a opção de ambulância na esperança de ser encaminhado a um médico. Que nada! Falei com uma atendente que demorou horas para preencher uma ficha e, quando finalmente passou a um médido, "Dr. Leonardo", sua única preocupação era me explicar que os meus sintomas não eram de ambulância e não deu-me nenhuma ajuda.
Essas horas que te fazem pensar "por que fui nascer no Brasil?"
Por estas e outras gostaria de agradecer à UNIMED. Muito obrigado por seus planos baratos e seu atendimento de primeira !