sexta-feira, 31 de julho de 2009


Bom dia leitores,

Para continuarmos falando sobre instrução gerencial, é bom lembrar uma falha de boa parte da literatura sobre a administração: a falta de conteúdo nacional.

Apontando outra leitura, é essencial conhecer a história de Irineu Evangelista de Solsa, Barão e depois Visconde de Mauá. Uma verdadeira aula de estratégia empresarial no Brasil.

Recomendo o Livro:

MAUÁ - Empresário do Império
de Jorge Caldeira

A seguir alguns trexos do livro:

"O balanço consolidado do Império [erguido por Mauá] existia apenas em sua cabeça, e ele se gabava de reter na memória os valores do caixa de cada empreendimento. Assim mantinha os invejosos a distância. [...] Quando o Barão resolveu, em 1867, reunir a maior parte das empresas num único conglomerado, o valor total dos ativos chegou a 115 mil contos de réis. Só havia um número no país comparável a este: o orçamento do Império [do Brasil], que consignava todos os gastos do governo dirigido por seu vizinho [ambos moravam em São Cristovam], Dom Pedro II, com 97 mil contos de réis naquele mesmo ano." (P.17)

"Num mundo onde grandes empresários privados costumavam ter uma única empresa, Mauá apostou na diversificação. No país onde a agricultura parecia destino manifesto, ele montava uma indústria atrás da outra. Enquanto os Brasileiros lamentavam a falta de escravos, Mauá implementava administrações participativas e distribuição de lucros para empregados. Cercado de nobres em busca de feitores, ele contratava engenheiros para desenvolver a tecnologia de seus novos projetos."[P.18]


Uma verdadeira imersão na história nacional e uma verdadeira aula de negócios do maior empresário que o Brasil já teve. Cumpramos o desejo dele, que era apontar com seu exemplo o futuro ao país, inspirar outros a copiarem-no. Mudar a face desta nação.

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