O financiamento público exclusivo de campanha é apresentado como solução para o seguinte problema: os políticos não declaram parte do dinheiro privado que recebem para suas campanhas.
Mas vejam, eles não declaram porque esta parte vem de fontes não declaráveis. Principalmente porque este dinheiro é ilícito, vindo do dinheiro público, principalmente de desvios de empresas públicas/estatais. Ora, proibir a parte lícita do dinheiro privado nas campanhas vai impedir a parte ilícita?! Claro que não! Então, onde está a lógica?
A lógica está no fato de que o dinheiro público vai continuar indo para a campanha de políticos antigos (como Sarney e Renan) - porque os novos, os renovadores, não terão acesso ao banquete -, mas dessa vez ninguém poderá condenar os políticos antigos por isto (pelo uso do dinheiro público em suas campanha). E você e todos os cidadãos pagadores de impostos, principalmente os mais pobres, pagarão a conta por toda a festa. O pior de tudo, a ressaca dessa festança, nem é o aumento dos gastos públicos, nem a manutenção do uso do dinheiro ilícito (caixa 2). O foda é que este esquema levará à diminuição da renovação no Congresso através da concentração dos recursos disponíveis nos políticos antigos (que criarão, em benefício próprio, este esquema
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